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Novo livro da Coleção Folha aborda o trabalho
Nas bancas, por R$ 14,90, leitor compra a Folha e ganha terceiro número de coleção
Publicação tem imagens de quatro grandes fotógrafos: W. Eugene Smith, Steve McCurry, Henri Cartier-Bresson e David Seymour
DA REPORTAGEM LOCAL
"Trabalho" -o terceiro livro
da Coleção Folha Grandes Fotógrafos, que chegará às bancas
no próximo domingo, dia 15-
traça um painel sobre o homem
e suas profissões durante o século 20, da exploração do trabalho infantil, na Europa dos
anos 30, à árdua tarefa de um
bombeiro nos escombros do
World Trade Center, no 11 de
setembro de 2001, na cidade de
Nova York.
O volume apresenta obras de
quatro fotógrafos, todos ligados
à agência Magnum: W. Eugene
Smith, Steve McCurry, Henri
Cartier-Bresson e David Seymour. Os dois últimos foram
fundadores da agência que até
hoje reúne boa parte dos mais
relevantes fotodocumentaristas do mundo.
Pioneiro dos ensaios fotográficos, que consistiam numa
longa narrativa pontuada por
uma grande série de fotografias
obtidas após longas temporadas de prospecção do tema
abordado, Smith é o destaque
do número, que tem imagens
de suas célebres reportagens
realizadas para a revista "Life",
na qual atuou por sete anos.
Este modelo de ensaio fotográfico de Smith e da "Life" inspiraria, mais tarde no Brasil, a
revista "Realidade" (1966-1968), marco da fotorreportagem nacional.
Reportagens produzidas com
o intuito de denunciar a exploração do homem pelo homem
aparecem neste volume também pelas lentes de Seymour
-seja com crianças empregadas em uma mina de carvão, seja pela imagem de mulheres se
prostituindo na Alemanha Ocidental, em 1947, após a Segunda Guerra Mundial.
Cartier-Bresson, por sua vez,
oferece um contraponto a esse
viés de denúncia mostrando
pessoas em seus ofícios em situações mais descontraídas,
uma forma metafórica de mostrar as conquistas dos trabalhadores, sobretudo a partir da
metade do século passado.
"Trabalho" chega ao fim com
as primeiras fotografias coloridas da coleção, de autoria do
norte-americano Steve
McCurry, 58, especialista em
Ásia e ainda em atividade.
McCurry, que publica muitas
de suas reportagens na revista
"National Geographic", é uma
exceção entre documentaristas. Ele utiliza a cor com alta
densidade e fortes contrastes
para mostrar regiões onde o
trabalho manual ainda sobrevive com força, indiferente às novidades tecnológicas.
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