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ARQUITETURA
Autor do projeto do MuBE é indicado para representar o Brasil na bienal da cidade italiana
Mendes da Rocha, em alta, vai a Veneza
da Redação
Paulo Mendes da Rocha, autor
de projetos como o Museu Brasileiro da Escultura e um dos nomes mais importantes da arquitetura contemporânea no Brasil, vive um momento de alta.
Além de ter entregue, no último
dia 25, a elogiada recuperação do
pavilhão Lucas Nogueira Garcez
(também chamado de Oca, o projeto de Niemeyer que abrigava o
Museu de Aeronáutica, no parque
Ibirapuera, e que sediará parte da
Mostra do Redescobrimento, em
abril), Mendes da Rocha foi indicado, pela Fundação Bienal, junto
com João Filgueiras Lima, o Lelé,
para representar o Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza, no
segundo semestre deste ano.
"Certamente me surpreendeu",
Mendes da Rocha disse à Folha
sobre o convite.
"Num certo sentido tem, esse
encontro em Veneza, um tom de
notícia sobre a América. Nossa
experiência com visão crítica sobre os erros do colonialismo. Erros técnicos, diante da natureza,
das populações nativas. Uma retomada no discurso da própria
Veneza, enfrentando desafios e
construindo a cidade imaginada.
Essas reflexões talvez levem a ver
onde sempre esteve o interesse
despertado pela arquitetura feita
aqui. Antes de tudo, inventiva."
"Gosto muito de estar lá junto
com Lelé. Seu trabalho e ele são de
grande beleza e integridade. Sua
obra é muito experimental e corajosa, inovadora. Como se nós dois
trabalhássemos na Bienal de Veneza, tateando o futuro."
Mendes da Rocha falou ainda
da arquitetura dentro do atual
contexto cultural e artístico e, parafraseando Italo Calvino, autor
de "Seis Propostas para o Próximo Milênio" (livro que inspira a
próxima Bienal de Arte de São
Paulo), fez suas apostas para seis
tendências da arquitetura.
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