São Paulo, sábado, 08 de março de 2008

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Escritor viu fenômeno, diz Wisnik

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de apresentar as músicas que Machado ouvia, a programação da ABL terá a participação do pesquisador e compositor José Miguel Wisnik, que faz palestra no dia 1º de julho.
O estudioso é autor do ensaio "Machado Maxixe" e tem uma teoria inovadora sobre a relação do autor com a música. "Machado detectou de forma pioneira um fenômeno, o modo como a música popular passou a ter um papel devastador, tomando lugar da erudita e até da escrita na cultura brasileira", diz.
Wisnik baseia-se no conto "Um Homem Célebre", em que o protagonista, Pestana, é um compositor de polcas que, sempre que tenta compor obras eruditas, acaba produzindo outras polcas.
Para Wisnik, Pestana não é um compositor banal que quer ser culto, mas um músico genial que representa um traço singular da cultura brasileira, o cruzamento entre popular e erudito. "Isso atravessa todo o nosso século 20. O "complexo de Pestana" pode ser percebido em Chico Buarque, um compositor popular e ao mesmo tempo um romancista." (SC)


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