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COMENTÁRIO
Números jogam a favor dos lançamentos
DA REPORTAGEM LOCAL
Ainda é cedo para ponderar
as vantagens e desvantagens
da nova linha de revistas lançadas
pela editora Abril. De qualquer
maneira, "Simpsons", anuncia a
editora, já é um sucesso ainda em
seu segundo número: dos 40 mil
exemplares prensados da primeira edição, foram vendidos 25 mil.
Adaptação do desenho animado de Matt Groening, a série, iniciada há dez anos nos EUA, tem conseguido se manter nas bancas
com uma mistura do bom humor
dos personagens da televisão com
referências mais direcionadas para o público dos quadrinhos, em
especial -a capa da número 1 parodiava a capa da primeira edição
americana do "Quarteto Fantástico", título da Marvel.
Cartada um pouco mais duvidosa, mesmo considerando a boa
aceitação dos produtos na França
e na Itália, são as novas revistas da
linha Disney: "Donald Super",
lançada no final de março, e "Mickey X", que chega às bancas brasileiras nos próximos dias.
Mirando no leitor adolescente,
mais familiarizado com o universo dos heróis mascarados e dos
seriados de ficção científica, caem
em um paradoxo entre a notável
qualidade das histórias e a imagem infantilóide não raro associada a Mickey e Pato Donald.
O principal diferencial, entretanto, reside no próprio conteúdo
editorial das publicações, que,
além das HQs, trazem informações extra-Disney para os fãs de
outros personagens. São, dessa
forma, revistas em quadrinhos e
sobre quadrinhos.
Exemplo bem sucedido dessa
mesma tendência é "Witch", outra nova aposta da Abril Jovem,
desta vez para o público feminino.
Com tiragem de 110 mil exemplares, a publicação, também da Disney, mas no estilo mangá, vende de 70 mil a 75 mil exemplares por
mês e tem dado novo fôlego ao filão das assinaturas.
Bons personagens, experiências
testadas e aprovadas no exterior e
segmentação de mercado. Tudo
leva a crer que a nova série de heróis da Abril pode voltar a engrossar o mercado nacional. Mas, em
se tratando de HQs, o leitor só
acredita mesmo vendo. (DA)
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