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"Foi um livro de formação", diz curador
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Curadores e críticos de
arte de variadas tendências são praticamente
unânimes em apontar a
grande importância de
Waltercio Caldas no cenário da arte contemporânea
brasileira.
"Foi um livro de formação mesmo, eu tinha lá pelos meus 20 anos e a obra
mudou minha idéia de arte", diz o mineiro Rodrigo
Moura, um dos curadores
do Centro de Arte Contemporânea Inhotim. "O
fato de o livro ser um objeto de arte e a relação entre
a fotografia e a escultura
me pegaram muito."
Para Paulo Sergio Duarte, crítico de arte e professor da Universidade Candido Mendes, no Rio, Waltercio está "em um patamar diferenciado" na arte
brasileira. "Ele não está
sozinho, vem junto com o
Cildo [Meireles], com o
Tunga, que é um pouco
mais jovem, com o José
Resende, com o [Carlos]
Fajardo, com a Carmela
[Gross]. Todos se afastam
do exótico e têm obras de
grande vigor, mas que não
se entregam facilmente."
Desde os anos 70, Duarte é
um dos mais fortes interlocutores do artista.
"Ele faz um arco entre a
tradição construtiva brasileira e um certo minimalismo, com relações poéticas formidáveis", afirma
Paulo Herkenhoff, ex-curador da Bienal de São
Paulo. "Seu trabalho tem
um substrato filosófico
bastante forte."
(MG)
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