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ARTES
Centenário do artista, um dos principais nomes da gravura no Brasil, é comemorado com exposição sob curadoria de Tadeu Chiarelli
MAM celebra "intensidade" de Lívio Abramo
DA REDAÇÃO
Um dos principais nomes da
gravura e do expressionismo no
Brasil, Lívio Abramo (1903-1992)
é tema de uma exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo
que comemora o centenário de
seu nascimento.
Com curadoria de Tadeu Chiarelli, "Lívio Abramo: Cem Anos"
mostra cerca de 90 trabalhos produzidos pelo artista da década de
30 à de 80, entre desenhos, linóleos, litografias e xilogravuras.
Autodidata, Abramo começou
a desenhar ainda criança, mas foi
na visita a uma exposição de expressionistas alemães, em 1930,
que o artista passou a fazer gravuras regularmente. Com preocupações políticas, foi expulso do Partido Comunista em 1932, acusado
de ser trotskista, e, no ano anterior, já trabalhava na imprensa
produzindo charges. Abramo foi
um dos fundadores do Sindicato
dos Jornalistas de SP. Com a ex-aluna Maria Bonomi, criou o Estúdio Gravura.
"Um dos artistas brasileiros
mais respeitados, Lívio Abramo
foi fundamentalmente um artista
gráfico cuja parcela mais conhecida de sua obra foram suas gravuras em madeira. Sendo assim, poder cotejar essas gravuras que o
consagraram com alguns de seus
desenhos, aguadas, aquarelas e litogravuras parece uma ocasião
muito particular", escreve Chiarelli em seu ensaio "Lívio Abramo
- Trânsito entre o Desenho e a
Gravura", escrito especialmente
para a mostra que o MAM exibe
agora.
O museu já havia apresentado
obras do artista, em 2000, na exposição "Matrizes do Expressionismo no Brasil - Abramo, Goeldi
e Segall", que examinava a produção dos três artistas à luz do expressionismo no país.
"Desenvolver esse estudo, buscando perceber o caráter transitivo de certas soluções plásticas
conseguidas pelo artista, justamente no ano em que se comemora o centenário de seu nascimento, é trazer sua obra para o
debate contemporâneo, é demonstrar que ela continua viva e
intensa", completa o curador.
A exposição tem obras sobretudo do acervo do MAM, que, em
1973, recebeu uma doação de trabalhos do próprio artista, além de
aquisições recentes do museu e de
outras doações, feitas por colecionadores, pelo jornal "O Estado de
S.Paulo", para o qual Lívio Abramo realizou ilustrações, e pela
Companhia Souza Cruz Indústria
e Comércio.
LÍVIO ABRAMO: CEM ANOS. Exposição
de 90 trabalhos do artista com curadoria
de Tadeu Chiarelli. Quando: abertura
hoje, às 19h30. Ter., qua. e sex., das 12h
às 18h. Qui.: das 12h às 22h. Sáb. e dom.,
das 10h às 18h. Até 29/6. Onde: MAM
(parque Ibirapuera, portão 2, SP, tel. 0/
xx/11/5549-9688). Quanto: R$ 5.
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