São Paulo, sexta, 8 de maio de 1998

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Segmento Roteiros traz Orozco e Alys

do enviado à Cidade do México

Além de David Siqueiros e das pinturas de castas, a participação mexicana na próxima Bienal de São Paulo contará ainda com a presença de três artistas contemporâneos: Gabriel Orozco, Francis Alys e o representante do país, que deverá ser definido ainda nesta quinzena.
Orozco e Alys foram selecionados pela curadora venezuelana Rina Carvajal, responsável pela escolha dos artistas latino-americanos do segmento Roteiros.
Dividido entre a Cidade do México e Nova York, Orozco é hoje o nome mais em evidência da arte mexicana, tendo participado das principais mostras desta década, como a Documenta de Kassel (1997), a Bienal de Whitney (1995) e a mostra "Cocido y Crudo", em Madri (1994).
Seus trabalhos são híbridos. Trafegam entre os conceitos da linguagem artística, de sua experiência pessoal e das mais diversas perspectivas culturais.
Orozco consegue se distanciar das especificidades e produz uma obra sem vestígios antropológicos, mas antropofágicos, como requer a próxima Bienal.
Francis Alys nasceu na Bélgica, mas radicou-se no México. Também trabalha em torno de limites culturais por meio das mais diversas mídias, como pintura, performance e instalação.
O conceito da Bienal este ano é a antropofagia, manifestação estético-cultural que se fundamenta no "Manifesto Antropófago" de Oswald de Andrade e na pintura de Tarsila do Amaral. O conceito baseia-se na incorporação de valores culturais alheios para a criação de sua própria identidade. (CF)


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