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Segmento Roteiros traz Orozco e Alys
do enviado à Cidade do México
Além de David Siqueiros e das
pinturas de castas, a participação
mexicana na próxima Bienal de
São Paulo contará ainda com a
presença de três artistas contemporâneos: Gabriel Orozco, Francis
Alys e o representante do país, que
deverá ser definido ainda nesta
quinzena.
Orozco e Alys foram selecionados pela curadora venezuelana Rina Carvajal, responsável pela escolha dos artistas latino-americanos do segmento Roteiros.
Dividido entre a Cidade do México e Nova York, Orozco é hoje o
nome mais em evidência da arte
mexicana, tendo participado das
principais mostras desta década,
como a Documenta de Kassel
(1997), a Bienal de Whitney (1995)
e a mostra "Cocido y Crudo", em
Madri (1994).
Seus trabalhos são híbridos. Trafegam entre os conceitos da linguagem artística, de sua experiência pessoal e das mais diversas
perspectivas culturais.
Orozco consegue se distanciar
das especificidades e produz uma
obra sem vestígios antropológicos, mas antropofágicos, como requer a próxima Bienal.
Francis Alys nasceu na Bélgica,
mas radicou-se no México. Também trabalha em torno de limites
culturais por meio das mais diversas mídias, como pintura, performance e instalação.
O conceito da Bienal este ano é a
antropofagia, manifestação estético-cultural que se fundamenta no
"Manifesto Antropófago" de Oswald de Andrade e na pintura de
Tarsila do Amaral. O conceito baseia-se na incorporação de valores
culturais alheios para a criação de
sua própria identidade.
(CF)
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