São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2010

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Photoespaña reúne em Madri 380 artistas de 40 países

13ª edição da mostra de fotografia vai até 26 de julho e tem nomes como Jeff Wall, Helen Levitt, Jürgen Teller e Harold Edgerton

FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL A MADRI

Com 70 exposições, envolvendo 380 artistas de 40 países, começa hoje, em Madri, a 13ª edição do festival Photoespaña, envolvendo mais de 60 instituições na capital espanhola, além de uma seção especial, a OpenPhoto, na cidade de Cuenca.
O evento é organizado por uma entidade privada, a La Fabrica, que mantém ainda uma galeria de arte e organiza várias publicações.
"Há 13 anos, havia a necessidade de se criar um evento com essas características para, de alguma forma, motivar as instituições vinculadas à arte a estabelecer um programa de fotografia, o que hoje já é uma prática estável e reconhecida internacionalmente", diz Claude Bussac, diretora do festival.
O tema dessa edição de Photoespaña é o tempo. "Pareceu-nos interessante e necessário voltar a refletir sobre a relação paradoxal entre a fotografia e a experiência do tempo, quando hoje vivemos num mundo em que valores de mobilidade, instantaneidade e simultaneidade definem uma significativa parte dos nossos modos e estilos de vida", conta Sérgio Mah, que pelo segundo ano consecutivo fica encarregado da curadoria do evento.

ARTES VISUAIS
A influência da fotografia sobre diferentes meios também é uma das questões levantadas pelo evento, segundo Mah. "Photoespaña é, sobretudo, um evento de artes visuais em torno do fotográfico, o que significa que, para além de fotografias, podemos encontrar também no programa obras em pintura, escultura e cinema".
O curador é ainda o responsável pela principal mostra do evento, "Entretiempos. Instantes, intervalos, duraciones", que acontece no teatro Fernán Gómez e reúne 17 fotógrafos, entre eles o japonês Hiroshi Sugimoto e o canadense Jeff Wall.
Outros destaques desta edição, que ocorre até 26 de julho, são as mostras da fotógrafa norte-americana Helen Levitt, que morreu no ano passado, do colombiano Oscar Muñoz, que participou da 52ª Bienal de Veneza em 2007, e do alemão vinculado à fotografia de moda Jürgen Teller.
O suíço Roman Signer e o norte-americano Harold Edgerton (1903-1990) também podem ser vistos no evento. No Instituto Cervantes serão apresentados artistas selecionados por meio da análise de portfólios ocorrida no ano passado, em São Paulo e na Guatemala.

O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a convite do Centro Oficial de Turismo Espanhol, da Photoespaña, da Iberia e da Travel Ace



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