LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

Iupi! Irrá! Hallelujah!
A deliciosa banda indie-cowboy desembarca no Brasil com os Strokes, como outra atração do Tim Festival 2005, esta coluna apurou.
Os jovens irmãos (e primo) Followill trazem seus cabelos gozados e seu novo rock de pegada religiosa-Neil Young-sedutora para o festival que acontece aparentemente só no Rio de Janeiro nos dias 21, 22 e 23 de outubro.
O Kings of Leon segue Strokes, M.I.A., Morcheeba e muito provavelmente o Wilco na lista do melhor Tim Festival da história, se tudo o que se especula for confirmado. O evento ainda não se pronunciou oficialmente sobre nada: nem atrações nem datas nem se São Paulo está realmente descartada neste ano.
O semestre pop dos sonhos dos brasileiros ligados em rock novo ou nem tanto é engrossado pelas vindas do Kills e do MC5 e seus convidados para o Campari Rock (agosto). Do Moby (setembro). Das atrações do Curitiba Rock Festival, que está assegurado para setembro. Da pacoteira de bons nomes prometida pelo Claro que É Rock, que está de mudança mesmo para novembro para se ajustar à agenda das bandas que o festival corre atrás. Oasis, White Stripes (de novo), Interpol, Flaming Lips, Nine Inch Nails, Garbage e Foo Fighters têm propostas para vir ao Brasil nas datas que coincidem com o período do Claro que É Rock e do Tim Festival.
Os dois festivais brasileiros são beneficiados por outros dois grandes eventos de música pop que vão ocorrer na mesma época nos países vizinhos, em Santiago e em Buenos Aires, o que facilita a negociação com bandas americanas ou européias para uma turnê sul-americana.
Uma banda "cantada" para vir ao Brasil, mas que vai ser desfalque certo do nosso explosivo segundo semestre, é o Franz Ferdinand, que afirmou que vem sim para a América do Sul, mas só no ano que vem.
* Os rapazes do Tennesseee -Nathan, 25, Caleb, 23, Jared, 18, e o primo Matt, 20- "descem" ao Brasil depois de uma espetacular experiência ao vivo. Foram pessoalmente escolhidos por Bono para tocar em quase 20 shows da abertura da turnê americana do U2. Encaram no momento uma extensa turnê britânica, que passou pelo Glastonbury e vai culminar no outro gigante Reading Festival, em agosto.
* "A-ha Shake Heartbreak", o segundo álbum do Kings of Leon (a banda tem apenas quatro anos de carreira), vendeu perto de 500 mil cópias só na Inglaterra. A aura carola do Kings of Leon não impede a banda de ter uma das sonoridades mais sexy do novo rock. A voz roucamente desesperada de Caleb, a bateria minimal de Nathan e a excelente guitarra de Matt, que vai tranqüilamente do rock independente moderno ao country rock velho de raiz na mesma música, fez Mick Jagger, dos Rolling Stones, declarar que o KOL é sua banda nova predileta.
* Tem na internet uma maravilhosa versão ao vivo de "Slow Night, So Long", a canção que abre o mais recente disco do Kings of Leon. Essa é especial porque, tirada de um show de Seattle em abril, traz a participação de Eddie Vedder (Pearl Jam) no vocal. Vedder é outro fã declarado.
* Voltando à relação Kings of Leon/U2, reza a lenda que as duas filhas adolescentes de Bono estão caidinhas por dois dos irmãos Followill, que seguraram a onda para não deixar o cantor do U2 nervoso e melar a turnê conjunta.
* Música do Kings of Leon para já: "Taper Jean Girl".