São Paulo, quinta-feira, 08 de setembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MÚSICA

Programa exibe as "Coisas" de Moacir Santos

DA REPORTAGEM LOCAL

"Quem sou eu para fazer um "opus'?", pergunta-se o compositor que preferiu chamar suas obras musicais de "Coisas" e numerá-las. Ele é Moacir Santos.
Enaltecido por João Bosco em razão de sua complexidade rítmica e por ter acrescido à negritude brasileira "modernidade melódica, harmonia e sofisticação", Santos tem o vasto e importante repertório do CD "Ouro Negro", lançado em 2001, reverenciado a partir de hoje pelo Canal Brasil.
Trata-se da exibição de um show ocorrido em maio deste ano no Sesc Pinheiros (que dará origem a um DVD), precedida por cenas dos bastidores e preparativos para a apresentação e por uma entrevista com o maestro e compositor pernambucano.
Para saudar Moacir Santos e seu legado à música, Mário Adnet e Zé Nogueira, responsáveis pela direção musical, convocaram um time de músicos que tem desde o contrabaixista Zeca Assumpção e o pianista Cristóvão Bastos até o saxofonista Teco Cardoso -para citar só três nomes da talentosa formação que em sua maioria esteve também presente na gravação do álbum duplo.
Entremeado por cenas de bastidores, papos entre Santos e os diretores musicais do projeto e depoimentos dos cantores convidados (Bosco, Ed Motta e Djavan), o programa vai mostrando as harmoniosas "Coisas" de Santos, "Bluishmen" (antecedida por um "causo-explicação" do maestro) e "Amalgamation".
Orientado por Santos a "castigar no "ar'", Bosco chega para interpretar "Oduduá" -letra de Nei Lopes para o tema "What's My Name". Depois vêm "Mãe Iracema", "Jequié" (parceria com Aldir Blanc) e "Lamento Astral".
A "Orfeu", Ed Motta empresta seu jeito todo particular de interpretar. A Djavan cabe "Sou Eu".
Feita para sua musa, a mulher Cleonice, "Bodas de Prata Dourada" encerra a apresentação com Muíza Adnet e um comovido Moacir Santos.


Ouro Negro - Moacir Santos
Quando: making of (hoje, às 22h35) e show (hoje, às 23h05), no Canal Brasil



Texto Anterior: Releitura da comida brasileira
Próximo Texto: Contardo Calligaris: Nova Orleans e a confiança básica no mundo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.