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MÚSICA
Programa exibe as "Coisas" de Moacir Santos
DA REPORTAGEM LOCAL
"Quem sou eu para fazer um
"opus'?", pergunta-se o compositor que preferiu chamar suas
obras musicais de "Coisas" e numerá-las. Ele é Moacir Santos.
Enaltecido por João Bosco em
razão de sua complexidade rítmica e por ter acrescido à negritude
brasileira "modernidade melódica, harmonia e sofisticação", Santos tem o vasto e importante repertório do CD "Ouro Negro",
lançado em 2001, reverenciado a
partir de hoje pelo Canal Brasil.
Trata-se da exibição de um
show ocorrido em maio deste ano
no Sesc Pinheiros (que dará origem a um DVD), precedida por
cenas dos bastidores e preparativos para a apresentação e por
uma entrevista com o maestro e
compositor pernambucano.
Para saudar Moacir Santos e seu
legado à música, Mário Adnet e
Zé Nogueira, responsáveis pela
direção musical, convocaram um
time de músicos que tem desde o
contrabaixista Zeca Assumpção e
o pianista Cristóvão Bastos até o
saxofonista Teco Cardoso -para
citar só três nomes da talentosa
formação que em sua maioria esteve também presente na gravação do álbum duplo.
Entremeado por cenas de bastidores, papos entre Santos e os diretores musicais do projeto e depoimentos dos cantores convidados (Bosco, Ed Motta e Djavan), o
programa vai mostrando as harmoniosas "Coisas" de Santos,
"Bluishmen" (antecedida por um
"causo-explicação" do maestro) e
"Amalgamation".
Orientado por Santos a "castigar no "ar'", Bosco chega para interpretar "Oduduá" -letra de
Nei Lopes para o tema "What's
My Name". Depois vêm "Mãe Iracema", "Jequié" (parceria com Aldir Blanc) e "Lamento Astral".
A "Orfeu", Ed Motta empresta
seu jeito todo particular de interpretar. A Djavan cabe "Sou Eu".
Feita para sua musa, a mulher
Cleonice, "Bodas de Prata Dourada" encerra a apresentação com
Muíza Adnet e um comovido
Moacir Santos.
Ouro Negro - Moacir Santos
Quando: making of (hoje, às 22h35) e
show (hoje, às 23h05), no Canal Brasil
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