São Paulo, sábado, 08 de setembro de 2007 |
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Memórias do carrasco Chega ao Brasil "As Benevolentes", romance do franco-americano Jonathan Littell que narra as memórias fictícias de um oficial nazista; livro ganhou prêmio Goncourt e virou sensação literária na França
MARCOS STRECKER DA REPORTAGEM LOCAL Jonathan Littell se dedicou durante muitos anos a ações humanitárias na Bósnia-Herzegóvina, no Congo, em Ruanda, na Tchetchênia e no Afeganistão, mas não via os conflitos como os colegas. Enquanto todos assistiam as vítimas, ele tinham os olhos voltados para os algozes, experiência que usou para criar um personagem que o transformaria na atual sensação literária da França. Lançado em 2006, o livro que narra as memórias (fictícias) do carrasco nazista Max Aue virou um fenômeno. "As Benevolentes" ganhou os principais prêmios literários no país, inclusive o Goncourt, e já vendeu mais de 300 mil exemplares. Nada mal para um livro escrito em francês por um americano, com 900 páginas, que traça em detalhes um painel monumental e impiedoso da ascensão e queda do nazismo. O Brasil é o primeiro país a traduzir o livro, que já foi vendido por somas milionárias para os EUA e para vários países da Europa. Ainda que se mantenha avesso a entrevistas e às badalações (e polêmicas) do mundo literário, Littell falou à Folha por telefone de Barcelona, onde mora atualmente. Ainda surpreso com o sucesso do livro, ele comentou a repercussão e as críticas que a obra recebeu. Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Frase Índice |
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