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Crítica
Drama aborda superficialmente questão trágica
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
De uns tempos para cá é possível ver filmes israelenses críticos à política dos governos israelenses. É o caso de "Uma Juventude como Nenhuma Outra" (TC Cult, 20h15; não recomendado para menores de 12 anos), de Vardit Bilu e Dalia Hagar.
O filme trata de duas moças que servem no Exército, uma delas mais rebelde e a outra mais adequada às normas. E nos pede para acreditar que nem todos os israelenses são irracionais, belicosos e dados a humilhar palestinos, como mostram algumas produções.
Feito o registro, a questão é: o que mais dizem esses filmes diluidores? Bem pouco. Quando Amos Gitai toma da câmera é para observar um fenômeno trágico e profundo: a história e o destino do povo de Israel e sua conexão com os palestinos. Ele é mais rude em sua crítica, mas sabe que não basta boa vontade mútua para a paz se estabelecer.
Ok, há israelenses legais, como em qualquer povo, aliás. O problema não está neles. Está no mútuo reconhecimento da existência do outro.
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