São Paulo, sábado, 08 de outubro de 2011 |
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Antes de se mudar, MAC tenta exibir acervo Na sede atual, museu pode expor só 1% do acervo; mostra no prédio da Bienal tem 140 obras SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO Dois guardas seguem o repórter. Destravam uma porta elétrica, passam por um pátio vigiado por câmeras e mais dois corredores internos. Por fim, destrancam o cadeado da última porta que dá acesso à reserva técnica. Estamos num galpão ao lado do Museu de Arte Contemporânea da USP, na Cidade Universitária, onde fica boa parte da coleção de 10 mil obras, em salas climatizadas e com controle de umidade, em vias de se mudar para o antigo Detran, no Ibirapuera. No parque, no terceiro andar do pavilhão da Bienal de São Paulo, o MAC mantém outra sede menor, onde expõe agora 140 obras-primas do acervo, peças de Alexander Calder, Lygia Clark, Klee. Mas isso é só 1% de tudo que poderia estar à mostra, criando um forte contraste entre as obras dormentes na reserva técnica, como autorretratos de Chagall e Modigliani e esculturas de Henry Moore, e a dimensão mais enxuta da exposição em cartaz. Do outro lado da avenida que separa a Bienal do velho Detran, agora todo reformado para o museu, a mostra é uma espécie de esquenta para quando o MAC resolver os impasses que impedem a mudança, atrasada em quase três anos, para a futura sede. Fazendo muito esforço, o museu consegue expor hoje na Cidade Universitária e no terceiro andar da Bienal no máximo 3% de seu acervo. No prédio novo, o volume chegaria a 30%. Ou seja, até 3.000 obras poderiam ser mostradas em caráter permanente. Mas isso tudo ficará num bunker na Cidade Universitária até que o MAC e a Secretaria de Estado da Cultura, que investiu R$ 76 milhões na reforma do Detran para receber o museu, entrem em acordo sobre a mudança. A USP pede que o governo banque os custos de manutenção da nova sede, que calcula em R$ 18 milhões por ano. O governo sinalizou liberar até R$ 10 milhões. Além disso, a universidade se opõe à construção de um complexo esportivo e comercial no terreno vizinho e se recusa a assinar o convênio de transferência do MAC para o prédio do Ibirapuera. Otimista, Tadeu Chiarelli, diretor do MAC, disse à Folha que, quando a mostra na Bienal acabar, as obras dali seguirão para o prédio do antigo Detran, sendo incorporadas à mostra permanente. Já foi concluída a reforma do prédio principal e serão entregues na semana que vem os dois anexos, para exposições de arte contemporânea e para a reserva técnica. MODERNISMOS NO BRASIL QUANDO terça a domingo, das 10h às 18h ONDE MAC USP Ibirapuera (3º andar do pavilhão da Bienal - parque Ibirapuera, portão 3) QUANTO grátis Texto Anterior: Crítica/Livro: Coletânea registra a quente amadurecimento literário do autor Próximo Texto: Béla Tarr afirma que vai parar de filmar Índice | Comunicar Erros |
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