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Crítica
"Poltergeist" e a importância do cinema de autor
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Numa entrevista a Evaldo
Mocarzel, no site "Críticos"
(www.criticos.com.br), Moniz Vianna -decano da crítica
cinematográfica- retoma algumas de suas antigas postulações, como a inexistência do cinema de autor.
Se fosse uma idéia inteiramente justa, ele não daria relevo ao fato de John Ford ser o
diretor de "O Delator", o primeiro filme que o marcou na
vida. Poderia lembrar de um
filme de Victor McLaglen. Ou
de um filme da RKO.
Se o oposto fosse verdadeiro,
e o diretor fosse autor de todos
os seus filmes, o caminho de
Tobe Hooper seria repleto de
filmes como "Poltergeist, o
Fenômeno" (A&E, 22h). Ou
seja, há muitos filmes em que o
verdadeiro autor é o roteirista,
o produtor, o ator ou mesmo o
fotógrafo.
Nem por isso a autoria deixa
de existir ou perde sua importância. O cinema não é obra coletiva como as catedrais são
consideradas. É uma arte moderna, com todos os problemas
da modernidade (além dos que
traz por ser tecnológica).
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