São Paulo, quarta-feira, 08 de novembro de 2006

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Crítica

"Poltergeist" e a importância do cinema de autor

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Numa entrevista a Evaldo Mocarzel, no site "Críticos" (www.criticos.com.br), Moniz Vianna -decano da crítica cinematográfica- retoma algumas de suas antigas postulações, como a inexistência do cinema de autor.
Se fosse uma idéia inteiramente justa, ele não daria relevo ao fato de John Ford ser o diretor de "O Delator", o primeiro filme que o marcou na vida. Poderia lembrar de um filme de Victor McLaglen. Ou de um filme da RKO.
Se o oposto fosse verdadeiro, e o diretor fosse autor de todos os seus filmes, o caminho de Tobe Hooper seria repleto de filmes como "Poltergeist, o Fenômeno" (A&E, 22h). Ou seja, há muitos filmes em que o verdadeiro autor é o roteirista, o produtor, o ator ou mesmo o fotógrafo.
Nem por isso a autoria deixa de existir ou perde sua importância. O cinema não é obra coletiva como as catedrais são consideradas. É uma arte moderna, com todos os problemas da modernidade (além dos que traz por ser tecnológica).


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