São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2007

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Osesp encerra o ano com sinfonias do repertório e concertos para piano

Além de Neschling, Sinfônica contará com o regente convidado Frank Shipway

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os seis últimos programas deste ano da Osesp na Sala São Paulo trazem três destaques. Há desde sinfonias relevantes do repertório -como a "Fantástica", de Berlioz, a "Quarta" de Brahms e a "Nona" de Beethoven- a grandes concertos para piano, de Schumann, Ravel e Mendelssohn.
Por fim, a orquestra também fará, entre os dias 15 e 17, "The Dream of Gerontius", de Edward Elgar, obra coral de 1900 que se opõe à imagem de um dandismo superficial que alguns têm do compositor. O regente será Frank Shipway, titular da Filarmônica de Zagreb. Ele também regerá a orquestra na semana seguinte e contará com três solistas vocais.
Vejamos os solistas de piano. Entre hoje e sábado, o "Concerto em Lá Menor" de Robert Schumann trará a chinesa Jie Chen, segunda colocada no Concurso Internacional Villa-Lobos, promovido pela Osesp no ano passado. A peça escolhida é conhecidíssima e foi escrita entre 1841 e 1845. No mesmo programa, extratos de "Parsifal" e de "O Crepúsculo dos Deuses", de Wagner.
Dos dias 22 a 24, sob regência de John Neschling, a Osesp terá como solista a pianista francesa Claire-Marie le Guay, uma especialista de Mozart e Haydn, com o "Concerto em Sol Maior" de Maurice Ravel, composta entre 1929 e 1931.
De 6 a 8 de dezembro o pianista será o tcheco Lukas Vondrácek, com o "Concerto nº 1" de Felix Mendelssohn-Bartholdy. Vondrácek, com apenas 21 anos, tocou o mesmo Mendelssohn com a Cincinatti regida por Paavo Jarvi, com críticas extraordinárias. Vejamos as sinfonias. A "Fantástica", de Hector Berlioz, está programada para 6 a 8/12, imensa responsabilidade para o maestro-assistente, o chileno Victor Hugo Toro. A sinfonia, de 1830, introduz inovações na instrumentação e é programática como o seria a música de Saint-Saëns e Dukas.
Quanto à "Sinfonia nº 4" de Brahms, de 1884, os iniciados acreditam que seu primeiro movimento equivale em profundidade ao melhor de Beethoven ou Schubert. Estará no programa de 22 a 24 de novembro, regida por Neschling.
Entre 13 e 15 de dezembro o maestro regerá a "Nona" de Beethoven. É o grande hit do público e dos publicitários por seu quarto movimento, que o musicólogo Charles Rosen chamou de "uma sinfonia dentro de outra sinfonia".


OSESP
Quando:
hoje e amanhã, às 21h; sáb., às 16h30 (não haverá concerto no dia 22, mas no dia 25, às 21h)
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. 0/xx/11/3223-3966)
Quanto: de R$ 25 a R$ 89


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