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CRÍTICA RAP
Temporal e atrasos não tiram o brilho do rapper Eminem
ADRIANA FERREIRA SILVA
EDITORA DO GUIA FOLHA
A competente e carismática performance do norte-americano Eminem salvou o
F-1 Rocks de ser um mico.
Nada a ver com som ruim,
lama ou coisa que o valha. A
estrutura era boa, o palco,
grande, telões bem definidos
e o hipódromo do Jockey
Club se mostrou um local para shows a ser explorado. O
som estava a contento e os
muitos jovenzinhos davam
um clima amistoso à plateia.
Mas a chuva do fim da tarde de sexta criou uma cascata de atrasos. Para cumprir
mais ou menos os horários,
as atrações -exceto Eminem- tocaram de 20 a 27 minutos. Num evento que se
apresentava como "grande
festival", foi anticlimático.
O primeiro show, de Marcelo D2, começou às 21h15
(seria 19h) e teve 23 minutos.
Foi assim com o N.E.R.D.,
que entrou às 22h e saiu às
22h27. Desperdício: o combo
faz hip-hop dançante, com
referências de funk, r&b,
rock, e o produtor Pharrell
Williams é ótimo performer.
O temporal que começou
antes da entrada de Eminem,
às 23h, só piorou a sensação
de que a noite ia ser realmente dura. Mas, mesmo pisando
em poças d'água, ele fez uma
apresentação impecável.
Abriu com "Won't Back
Down", do novo disco, em
versão grandiosa e pesada,
criada por uma banda que incluía duas baterias e três DJs.
Rimou primorosamente em
"Cleanin" Out My Closet",
"Lose Yourself" e "Stan", entre outros hits.
O rapper branquelo e mal
humorado surpreendeu pela
simpatia; agradeceu diversas vezes aos fãs e, ao contrário de MCs como Akon ou Ja
Rule, que fizeram vexaminosos playbacks aqui, atuou como uma estrela deve atuar.
EMINEM
AVALIAÇÃO ótimo
N.E.R.D.
AVALIAÇÃO bom
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