São Paulo, quarta-feira, 09 de janeiro de 2008

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Crítica

Longa argentino ensina fidelidade que nos escapa

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O primeiro sinal da existência de um novo cinema argentino veio com "Pizza, Cerveja, Cigarro" (TC Cult, 22h), dirigido por Adrián Caetano e Bruno Stagnaro, que foi feito em 1998 e ganhou um Festival de Gramado.
O que temos ali é a vida de um grupo de jovens de Buenos Aires, nos momentos de plena turbulência econômica vividos pela Argentina. São pequenos vigaristas fazendo pequenos roubos. Mais explorados do que bandidos. Uns errantes na cidade errada, que a horas tantas decidem que precisam dar um grande golpe.
Nada disso parece muito original, e de fato não seria. O que torna este filme muito interessante é a espécie de fidelidade que seus autores parecem ter aos lugares e aos personagens que filmam. É como se eles -lugares e personagens- fossem o que há de decisivo na operação, e nunca a filmagem ou aqueles que filmam. Existe uma fidelidade ao real que hoje em dia nos escapa e que os argentinos nos ensinam.


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