São Paulo, segunda-feira, 09 de março de 2009

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Crítica

Intencionalmente ou não, Stanwyck é sempre fatal

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não há mulher mais fatal do que Barbara Stanwyck. Ela é fatal quando quer (ver "Pacto de Sangue", de Billy Wilder) ou quando não quer (ver "Chamas que Não se Apagam", Douglas Sirk). Quando o filme é de Fritz Lang, até Meg Ryan, até Doris Day são capazes de mostrar seu lado perverso.
Em "Só a Mulher Peca" (TCM, 17h40, não indicado para menores de 12 anos), desde a abertura, desde que aparece o mar encapelado, e depois os pássaros, sentimos a tragédia no ar. Na sequência, entra Barbara, de volta a uma aldeia de pescadores onde vive seu irmão. O que faz uma mulher como ela ali?
Depois vem Paul Douglas, pescador e primário. Ela se casará com ele. Por quê? Do que ela se esconde? Está na cara que não vai dar certo.
Outro que ronda por lá é Robert Ryan. Barbara faz o que pode para não ser de novo mulher fatal, mas falha. Ela não aguenta mais Paul Douglas. Ninguém aguentaria. Ô cara sem sal. "Só a Mulher Peca" é fabuloso.


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