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Crítica
Intencionalmente ou não, Stanwyck é sempre fatal
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não há mulher mais fatal do
que Barbara Stanwyck. Ela é fatal quando quer (ver "Pacto de
Sangue", de Billy Wilder) ou
quando não quer (ver "Chamas
que Não se Apagam", Douglas
Sirk). Quando o filme é de Fritz
Lang, até Meg Ryan, até Doris
Day são capazes de mostrar seu
lado perverso.
Em "Só a Mulher Peca"
(TCM, 17h40, não indicado para menores de 12 anos), desde a
abertura, desde que aparece o
mar encapelado, e depois os
pássaros, sentimos a tragédia
no ar. Na sequência, entra Barbara, de volta a uma aldeia de
pescadores onde vive seu irmão. O que faz uma mulher como ela ali?
Depois vem Paul Douglas,
pescador e primário. Ela se casará com ele. Por quê? Do que
ela se esconde? Está na cara
que não vai dar certo.
Outro que ronda por lá é Robert Ryan. Barbara faz o que
pode para não ser de novo mulher fatal, mas falha. Ela não
aguenta mais Paul Douglas.
Ninguém aguentaria. Ô cara
sem sal. "Só a Mulher Peca" é
fabuloso.
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