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Música
"Roda Viva" entrevista Hermínio Bello
CARLOS CALADO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Só o fato de ter revelado a
cantora Clementina de Jesus,
em 1963, já garantiria a Hermínio Bello de Carvalho uma
menção na história da música
brasileira. Mas foram tantas as
contribuições desse agitador
cultural, letrista e produtor carioca, hoje com 72 anos, que ele
figura como personagem de vários capítulos dessa história.
"Tenho horror de puristas e
de saudosistas", afirma o entrevistado do "Roda Viva" da noite
de hoje. Mostrando não ser um
daqueles que vivem lamentando o suposto fim dos "bons
tempos" da música brasileira,
Bello de Carvalho se declara
otimista ao ver uma jovem geração de intérpretes e compositores renovando a cena do choro e do samba.
Ao comentar a crise que abate a indústria do disco, o produtor de históricos shows e gravações de vários astros da música
brasileira, como Paulinho da
Viola e Elizeth Cardoso, não
poupa os dirigentes. "A maioria
das gravadoras é dominada por
gente que não tem nada a ver
com a música", critica.
Também sobram farpas para
a "indústria pesada" do Carnaval, para o desrespeito aos direitos autorais no país e até para o ministro da Cultura, Gilberto Gil, que já o homenageou
com um poema. Bello de Carvalho ainda considera que a recente troca da direção da Funarte é um equívoco. "O Brasil
está complicadinho", ironiza.
RODA VIVA
Quando: hoje, às 22h30
Onde: TV Cultura
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