São Paulo, Sexta-feira, 09 de Abril de 1999
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Restos do casal vão para mausoléu na ABL

da Sucursal do Rio

No próximo dia 21, os restos mortais de Carolina e Machado de Assis serão removidos do jazigo da família e transferidos para o mausoléu da ABL (Academia Brasileira de Letras), instituição fundada pelo escritor.
Quando Machado morreu, em 1908 -quatro anos depois da mulher-, o mausoléu (no cemitério São João Batista, em Botafogo) ainda não havia sido construído.
Há 15 anos, de acordo com Ruth Leitão de Carvalho Lima, a ABL fez a primeira tentativa de remover os restos mortais de seu fundador para o mausoléu. Seus herdeiros negaram a autorização.
"Eles só queriam transferir tio Machado e deixar tia Carolina. Na época não havia mulheres na academia, e por isso não queriam levá-la. Minha mãe sempre nos contou sobre o amor dos dois e sobre como foram felizes juntos. Não achei justo separá-los. Agora foi feita a proposta de levar os dois. Por isso concordamos", diz a sobrinha-neta.
Os herdeiros de Machado e Carolina já haviam doado para a ABL a biblioteca do escritor e algumas peças de mobiliário que ainda estavam em seu poder. (CG)


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