São Paulo, terça-feira, 09 de maio de 2006

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EUA sacodem a poeira do Vietnã

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em 1978, "O Franco-Atirador" (TCM, 22h) foi a senha para a América despertar do pesadelo do Vietnã, encostar as culpas em relação ao mundo e a si mesma e reatar com valores que estavam desmoralizados.
Existem, então, duas vertentes nesta obra-prima de Michael Cimino. No front interno, trata-se de observar um modo de vida que, justamente, contém esses valores (inclusive o fato de haver muitos imigrantes é significativo).
Ao mesmo tempo, abandona-se a culpabilidade pelos horrores americanos, tipo bombas napalm. E nos encontramos, aqui, com os horrores vietcongues. Reais ou imaginários, pouco importa. Importa que, daquele momento em diante, os EUA levantaram novamente a cabeça diante do mundo. Azar o nosso? Pode ser. Mas o filme é muito forte.


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