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EUA sacodem a poeira do Vietnã
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em 1978, "O Franco-Atirador" (TCM, 22h) foi a senha para a América despertar do pesadelo do Vietnã,
encostar as culpas em relação ao mundo e a si mesma
e reatar com valores que estavam desmoralizados.
Existem, então, duas vertentes nesta obra-prima de
Michael Cimino. No front
interno, trata-se de observar um modo de vida que,
justamente, contém esses
valores (inclusive o fato de
haver muitos imigrantes é
significativo).
Ao mesmo tempo, abandona-se a culpabilidade pelos horrores americanos, tipo bombas napalm. E nos
encontramos, aqui, com os
horrores vietcongues. Reais
ou imaginários, pouco importa. Importa que, daquele
momento em diante, os
EUA levantaram novamente a cabeça diante do mundo. Azar o nosso? Pode ser.
Mas o filme é muito forte.
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