especial para a Folha

"Antunes Filho - Um Renovador do Teatro Brasileiro" (Ed. da Unicamp, 198 págs., preço não definido) sintetiza a tese de doutorado defendida pela autora Carmelinda Guimarães há quatro anos, sob orientação de Sábado Magaldi.
O livro faz um "mapeamento" das críticas que Guimarães, 51, publicou no jornal "Tribuna de Santos".
Ela identifica também um ciclo na carreira de Antunes Filho, desde sua primeira montagem infantil, "Chapeuzinho Vermelho" (52), até "Nova Velha Estória" (92). "É o eterno retorno dele", conclui.
"Um Renovador do Teatro" também enfoca o processo de criação.
Um capítulo inteiro é dedicado aos exercícios elaborados para a montagem de "Paraíso Zona Norte" (89). Outro inclui o "manual do ator", com depoimentos de profissionais que passaram pelo crivo do diretor, agora "coordenador".
Zé Celso
Um dos fundadores do grupo Oficina nos anos 60, José Celso Martinez Corrêa também é tema de livro lançado na Bienal.
"Primeiro Ato - Cadernos, Depoimentos, Entrevistas - 1958-1974" (Ed. 34, 336 págs., R$ 33) foi organizado pela pesquisadora Ana Helena Camargo de Staal.
Não se trata da história oficial do Oficina, nem da autobiografia de Zé Celso nem de manual de encenação.
"O leitor estará diante de um atleta afetivo cuja ambição utópica é a de que um dia o teatro -terreiro do encontro violento com a nossa liberdade -seja, mais do que o futebol, o esporte das multidões", escreve Staal.
No caso do dramaturgo Dias Gomes, "Apenas um Subversivo" (Ed. Bertrand Brasil, 416 págs., R$ 32) é de fato uma autobiografia.
Ex-marido de Janete Clair, "mãe" da teledramaturgia brasileira, Gomes narra seu casamento, o serviço militar, a infância na Bahia e o sucesso de obras como "O Pagador de Promessas", no cinema, e "O Bem Amado", na televisão.
Todos esses livros podem ser encontrados no pavilhão azul da 15ª Bienal de São Paulo, que acontece até amanhã.
A editora da Unicamp fica no estande 1.102, a Bertrand Brasil no C206 e a editora 34 no F610.
(VS)



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