São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2006

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Crítica

Wilder acha "girl next door" em Jean Arthur

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A expressão "girl next door" serve para quase todas as atrizes jovens do cinema. Não para Marlene Dietrich, é claro, uma espécie de sócia remida da categoria "femme fatale".
A "girl next door" é uma contradição em termos: significa, em linhas gerais, a garota maravilhosa que todo cara sonha em encontrar e que, assim espera ele, colocará sua vida emocional nos eixos. Portanto, ela não é "next door" por definição.
A verdadeira garota do lado é Jean Arthur, porque ela é seguramente a atriz mais sem graça do século passado. Ela parece fácil de encontrar: é frágil, sente ciúmes e, para completar, finge ser uma pessoa diferente do que a que de fato é.
Ela pode ser até uma congressista poderosa, como em "A Mundana" (Turner Classic Movies, 23h45), filme dirigido por Billy Wilder em 1948, mas as características permanecem. Assim como as de Dietrich, a mundana do título. Mas essa, veremos, traz algo de inesperado para essa história ambientada na Alemanha do pós-guerra.


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