São Paulo, sábado, 09 de julho de 2005

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OUTRO LADO

Masp e MAM respondem aos ataques

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o arquiteto Júlio Neves, presidente do Masp, a questão sobre quem não tem política cultural deve ser relativizada: "Eu não culpo nem o Estado nem as instituições privadas, estamos todos com tantos problemas que a cultura é sempre relegada. Mas acredito que os três níveis de governo precisam encontrar um modelo brasileiro com participação dos museus particulares e dos museus públicos". Sobre a ausência de curadoria no Masp, Neves diz: "Estamos buscando criar um modelo".
Já Rejane Cintrão, curadora-executiva do MAM de São Paulo, aponta que o problema central, em qualquer esfera, é o personalismo: "Acho que o problema não é ausência de política no setor público ou no privado". Cintrão aponta a Pinacoteca como exemplo. "Ela começou a ter sucesso com Emanoel [Araujo] e agora tem continuidade com o Marcelo Araújo, mas o problema é que as instituições são dependentes de pessoas." O MAM, diz Cintrão, é uma mistura: "Temos a figura da Milú [Villela], que acertou a situação financeira, mas justo pela ação dela, temos obtido independência".
Cintrão contesta a suposta programação incoerente: "Desde 1997, mesclamos arte moderna e contemporânea, com privilégio para arte brasileira. Nas bienais, fazemos exposições paralelas importantes. Se isso não é coerência, não sei o que é".


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