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OUTRO LADO
Masp e MAM respondem aos ataques
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o arquiteto Júlio Neves,
presidente do Masp, a questão sobre quem não tem política cultural deve ser relativizada: "Eu não
culpo nem o Estado nem as instituições privadas, estamos todos
com tantos problemas que a cultura é sempre relegada. Mas acredito que os três níveis de governo
precisam encontrar um modelo
brasileiro com participação dos
museus particulares e dos museus
públicos". Sobre a ausência de curadoria no Masp, Neves diz: "Estamos buscando criar um modelo".
Já Rejane Cintrão, curadora-executiva do MAM de São Paulo,
aponta que o problema central,
em qualquer esfera, é o personalismo: "Acho que o problema não
é ausência de política no setor público ou no privado". Cintrão
aponta a Pinacoteca como exemplo. "Ela começou a ter sucesso
com Emanoel [Araujo] e agora
tem continuidade com o Marcelo
Araújo, mas o problema é que as
instituições são dependentes de
pessoas." O MAM, diz Cintrão, é
uma mistura: "Temos a figura da
Milú [Villela], que acertou a situação financeira, mas justo pela
ação dela, temos obtido independência".
Cintrão contesta a suposta programação incoerente: "Desde
1997, mesclamos arte moderna e
contemporânea, com privilégio
para arte brasileira. Nas bienais,
fazemos exposições paralelas importantes. Se isso não é coerência,
não sei o que é".
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