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Governo facilita acesso de menor a filme censurado
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal facilitou ainda mais o acesso de crianças e
adolescentes a filmes classificados
como inadequados à sua idade. A
nova regra, contudo, mantém a
exigência da autorização dos pais.
Portaria publicada ontem pelo
"Diário Oficial da União" determina que as permissões assinadas
por pais para liberar a entrada dos
filhos no cinema podem ser apenas manuscritas. Antes, era preciso registrar firma em cartório.
Continuam valendo as exigências da portaria de julho do ano
passado: as crianças e adolescentes devem estar acompanhados
por um responsável maior de 18
anos e só podem ter acesso a um
filme de faixa etária imediatamente superior. Assim, um jovem
de 12 anos, por exemplo, poderia
assistir a uma obra classificada
para maiores de 14 anos, acompanhado por responsável autorizado por escrito pelos pais. Não seria permitido a ele ver um longa liberado para maiores de 16 (as faixas são: maiores de 10, 12, 14 e 16).
A abertura não vale para os restritos a menores de 18 anos.
O Ministério da Justiça divulgou um modelo de autorização
para os pais, que poderá ser distribuído pelas salas de cinema. O
texto, contudo, não precisa ser
idêntico, segundo José Eduardo
Elias Romão, diretor do Departamento de Justiça, Classificação,
Qualificação e Títulos.
"Não é necessário redigir nos
mesmos termos. É importante escrever o nome do pai, da mãe ou
do responsável legal, da criança,
do acompanhante, o endereço
dos pais, a idade do filho e o título
do filme", explicou Romão.
Ele admite que existe o risco do
menor falsificar a assinatura dos
pais e entrar no cinema com algum colega maior de 18 anos. "Há
riscos, mas facilita a decisão dos
pais sobre o que é adequado."
A autorização será retida pela
sala de cinema e poderá ser solicitada pelo Ministério Público. Elas
também valem para aluguel de vídeo e DVD.
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