São Paulo, quinta, 9 de julho de 1998

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Pintor fez obras para burguesia

especial para a Folha

Nascido nos arredores da cidade italiana de Lucca, na Toscana, Fulvio Pennacchi é um dos nomes do chamado grupo Santa Helena, formado por artistas plásticos imigrantes, sobretudo de origem italiana.
Quase sempre dentro do figurativismo e reproduzindo instintivamente a tradição do afresco toscano, executou dezenas de murais de grandes dimensões para agências bancárias e famílias burguesas paulistanas -Matarazzo, Fillizola, Pucci, Lunardelli, Prada, Cerqueira Leite-, embora neles retratasse de preferência os camponeses e suas lidas, operários, festas populares e gente humilde.
Para o extinto jornal "A Gazeta", pintou extenso mural a óleo com a "História da Imprensa", desde o papiro até a rotativa.
Mas seu tema preferido foi mesmo o religioso: "Com uma expressão mística indiscutível, visível mesmo em suas telas de gênero diverso, em suas paisagens até, de um primitivismo muito puro", conforme registrou o crítico Sérgio Milliet, em 1941.
Além dos afrescos para Nossa Senhora da Paz, realizados entre 42 e 44, outros templos paulistas tiveram a colaboração do pintor: igreja do Orfanato Christoforo Colombo, capela do Hospital das Clínicas e igreja Nossa Senhora Auxiliadora, entre outras.
(AM)



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