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Pintor fez obras para burguesia
especial para a Folha
Nascido nos arredores da cidade
italiana de Lucca, na Toscana, Fulvio Pennacchi é um dos nomes do
chamado grupo Santa Helena, formado por artistas plásticos imigrantes, sobretudo de origem italiana.
Quase sempre dentro do figurativismo e reproduzindo instintivamente a tradição do afresco toscano, executou dezenas de murais de
grandes dimensões para agências
bancárias e famílias burguesas
paulistanas -Matarazzo, Fillizola, Pucci, Lunardelli, Prada, Cerqueira Leite-, embora neles retratasse de preferência os camponeses e suas lidas, operários, festas
populares e gente humilde.
Para o extinto jornal "A Gazeta", pintou extenso mural a óleo
com a "História da Imprensa",
desde o papiro até a rotativa.
Mas seu tema preferido foi mesmo o religioso: "Com uma expressão mística indiscutível, visível mesmo em suas telas de gênero
diverso, em suas paisagens até, de
um primitivismo muito puro",
conforme registrou o crítico Sérgio Milliet, em 1941.
Além dos afrescos para Nossa
Senhora da Paz, realizados entre
42 e 44, outros templos paulistas
tiveram a colaboração do pintor:
igreja do Orfanato Christoforo
Colombo, capela do Hospital das
Clínicas e igreja Nossa Senhora
Auxiliadora, entre outras.
(AM)
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