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Corpo é cremado em Salvador e cinzas serão jogadas sob mangueira
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Sem a presença de parentes ou
amigos, o corpo do escritor Jorge
Amado foi cremado no início da
tarde de ontem, no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.
Após duas horas e meia, as cinzas do escritor foram colocadas
em uma pequena urna. Zélia Gattai, 85, que conviveu com Amado
durante 56 anos, deve receber as
cinzas na manhã de hoje.
Atendendo a pedido do escritor,
que morreu na última segunda-feira de insuficiência cardíaca, as
cinzas deverão ser jogadas sob
uma mangueira plantada pelo
próprio Amado, em sua casa.
Segundo Zélia Gattai, apenas os
parentes do escritor vão assistir à
cerimônia. "Vamos atender a todos os seus desejos", disse.
Inicialmente, as cinzas deveriam ser jogadas hoje, mas existe a
possibilidade de a cerimônia ser
transferida para amanhã, dia em
que Amado completaria 89 anos.
Ontem, o governador da Bahia,
César Borges (PFL), anunciou o
lançamento do Prêmio Literário
Jorge Amado. "O que eu posso
adiantar é que o valor do prêmio
será o maior ou um dos maiores
da arte e literatura brasileiras".
De acordo com Borges, o prêmio será anual e entregue ao vencedor em 10 de agosto, dia em que
Amado nasceu. Os integrantes da
Academia Brasileira de Letras serão os responsáveis pelo julgamento do prêmio.
Depois de dois dias fechada, a
Fundação Casa de Jorge Amado,
localizada no Pelourinho (centro
histórico), voltou a funcionar
normalmente ontem.
A fundação, que tem 200 mil
documentos sobre a vida e a obra
do escritor, recebeu cerca de 300
pessoas pessoas até as 16h.
"Em média, recebemos cerca de
150 pessoas por dia. Com a morte
dele, é claro que o número de visitantes iria aumentar", disse a diretora da entidade, Miriam Fraga.
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