DE NOVA YORK

Em 11/9/2001, o ex-bombeiro Randall Bretches, 36, estava de folga. Fazia sol em Nova York, e ele se preparava para ir a uma praia. Estava em Tribeca, ao lado do WTC, às 8h45, quando os terroristas lançaram o primeiro avião contra a torre norte. Dirigiu algumas quadras e viu outro Boeing mergulhar no segundo prédio. Perdeu os quatro melhores amigos e o carro. Hoje personal trainer, assistiu à pré-estréia do filme de Oliver Stone por recomendação médica. (VQG)

 

FOLHA - Que sensação?
BRETCHES - Cheiro de morte, medo, desespero. Pensei que estivesse preparado para tudo. Fiquei cavando aqueles escombros por quatro dias seguidos.

FOLHA - O que você se lembra daquela terça-feira?
BRETCHES - Lembro-me absolutamente de tudo, de cada palavra, de cada rosto que ajudei, de todos os que me ajudaram também.

FOLHA - Oliver Stone retrata bem o 11 de Setembro?
BRETCHES - É um dia para não esquecer. No filme tudo pareceu muito real, muito forte. Minha família viveu a mesma angústia sem saber se eu estava vivo ou soterrado. Foi inacreditável, parecia coisa de cinema. Agora é.


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