São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2010

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A FESTA DA CRÍTICA

Debates intensos, troca de farpas entre autores e reprimendas a governos marcam 8ª Flip, que terminou ontem

Leticia Moreira/Folhapress
Na última atividade da Flip, ontem, Liz Calder, Nafisi, Yehoshua, Shriver, Reinaldo Moraes, Melville, William Kennedy e Beatriz Bracher leem trechos de livros que os influenciaram

DOS ENVIADOS ESPECIAIS A PARATY

A principal atração da 8ª Festa Literária Internacional de Paraty, encerrada ontem, desfilou sua ranzinzice pelas ruas da cidade. O homenageado, Gilberto Freyre (1900-1987), foi exaltado mas também levou muita pancada.
A mesa mais quente da festa pôs Lula na berlinda. Um convidado chamou outro de mentiroso e desonesto. A Flip foi pontuada por rabugice, polêmica e a alta voltagem no debate crítico.
Já na conferência de abertura, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apontou as incongruências de Freyre, sem deixar de valorizar a sua grandeza intelectual. Moacyr Scliar também criticou o homenageado.
As tensões no Oriente Médio se insinuaram nos debates. A iraniana (radicada nos EUA) Azar Nafisi juntou-se ao israelense Abraham B. Yehoshua para criticar o Irã e a aproximação do governo do Brasil ao de Ahmadinejad.
Salman Rushdie acusou Terry Eagleton de mentir ao defini-lo como neoconservador, enquanto Eagleton cobrou de Rushdie manifestações mais incisivas sobre islamofobia.
Teve até literatura. O processo de criação dominou as mesas de Reinaldo Moraes, Ronaldo Correia de Brito e Beatriz Bracher; de Colum McCann e William Kennedy, de William Boyd e Pauline Melville; de Lionel Shriver e Patrícia Melo; e de Wendy Guerra e Carola Saavedra.
(FABIO VICTOR, IVAN FINOTTI, PLÍNIO FRAGA E ROBERTO KAZ)


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