|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
A FESTA DA CRÍTICA
Debates intensos, troca de farpas entre autores e reprimendas a governos marcam 8ª Flip, que terminou ontem
Leticia Moreira/Folhapress
|
|
Na última atividade da Flip, ontem, Liz Calder, Nafisi, Yehoshua, Shriver, Reinaldo Moraes, Melville, William Kennedy e Beatriz Bracher leem trechos de livros que os influenciaram
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A PARATY
A principal atração da 8ª
Festa Literária Internacional
de Paraty, encerrada ontem,
desfilou sua ranzinzice pelas
ruas da cidade. O homenageado, Gilberto Freyre (1900-1987), foi exaltado mas também levou muita pancada.
A mesa mais quente da festa pôs Lula na berlinda. Um
convidado chamou outro de
mentiroso e desonesto. A
Flip foi pontuada por rabugice, polêmica e a alta voltagem no debate crítico.
Já na conferência de abertura, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apontou as incongruências de
Freyre, sem deixar de valorizar a sua grandeza intelectual. Moacyr Scliar também
criticou o homenageado.
As tensões no Oriente Médio se insinuaram nos debates. A iraniana (radicada nos
EUA) Azar Nafisi juntou-se
ao israelense Abraham B. Yehoshua para criticar o Irã e a
aproximação do governo do
Brasil ao de Ahmadinejad.
Salman Rushdie acusou
Terry Eagleton de mentir ao
defini-lo como neoconservador, enquanto Eagleton cobrou de Rushdie manifestações mais incisivas sobre islamofobia.
Teve até literatura. O processo de criação dominou as
mesas de Reinaldo Moraes,
Ronaldo Correia de Brito e
Beatriz Bracher; de Colum
McCann e William Kennedy,
de William Boyd e Pauline
Melville; de Lionel Shriver e
Patrícia Melo; e de Wendy
Guerra e Carola Saavedra.
(FABIO VICTOR, IVAN FINOTTI, PLÍNIO FRAGA E ROBERTO KAZ)
Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Festa funciona melhor com bloco do "eu sozinho" Índice
|