São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2010

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Escritor americano Benjamin Moser defende Paulo Coelho

DOS ENVIADOS A PARATY

O escritor e crítico norte-americano Benjamin Moser -autor de "Clarice,"- defendeu Paulo Coelho em sua participação ontem, na Flip.
"O brasileiro tem vergonha de Coelho, segundo autor mais vendido no mundo. Faço a defesa dele", declarou, sob alguns apupos. "Se eu fosse ter vergonha de cada merda cultural exportada pelos EUA, estava perdido."
Moser participou da mesa "Nacional, Estrangeiro" com o tradutor alemão Berthold Zilly. Contou que teve facilidade com a língua portuguesa por falar espanhol desde a infância, quando morou no Texas, fronteiriço ao México.
Zilly disse estudar convite para verter "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, ao alemão.
Na última mesa dedicada à obra do homenageado Gilberto Freyre, o sociólogo José de Souza Martins defendeu ontem que, até o século 18, o Brasil foi bilíngue.
"Paraty é uma palavra inhangatu. Se não fosse pelo inhangatu, em São Paulo não iríamos de um bairro a outro, não haveria Butantã nem Mooca", disse Martins.
"Quando FHC reclamava que a imprensa estava de "nhe-nhe-nhém", ele estava falando inhangatu, assim como quem usa as palavras "oreia", "zóio", "cuié" e "muié"."
Os exemplos, segundo o sociólogo, já eram apontados na obra de Freyre, que sempre preferiu olhar para os aspectos miúdos em detrimento dos grandes fatos sociais. (PF E RK)


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