São Paulo, sexta, 9 de outubro de 1998

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Série de TV marcou mais que os filmes

da Reportagem Local

Um dos heróis mais populares do planeta, Zorro comemora seu 80º aniversário no próximo ano. Ele surgiu pela primeira vez em 1919, num folhetim chamado "A Vingança de Capistrano", escrito pelo jornalista americano Johnston McCulley. Sua inspiração evidente era o personagem Scarlet Pimpernel, espadachim mascarado de folhetins ingleses da virada do século.
A estréia do herói nas telas demorou apenas um ano. Douglas Fairbanks vestiu a máscara em "A Marca do Zorro", sucesso mundial em 1920. A história foi refilmada nos anos 40, com o mesmo nome e Tyrone Power, o galã mais cobiçado da época, usando a roupa preta do heróis.
Apesar dos longas e de centenas de livros e gibis, o Zorro ficou mais conhecido no Brasil pela seriado de TV produzido pela Disney em 1957. Com episódios de 30 minutos, que davam ênfase ao humor, a série foi o primeiro grande sucesso de Guy Williams, que na década seguinte interpretaria o professor John Robinson, o pai na mítica série "Perdidos no Espaço".
A produção da Disney também deu destaque a outro personagem célebre, que foi sumariamente eliminado do novo "A Máscara do Zorro". Trata-se do atrapalhado Sargento Garcia, que tinha seu barrigão constantemente marcado com o "Z" que o herói riscava com a espada.
No cinema, o canastrão Guy Hamilton interpretou nos anos 80 uma versão gay do herói na divertida sátira "As Duas Faces do Zorro", filme muito reprisado na "Sessão da Tarde".
Involuntariamente, o personagem participou de uma pequena polêmica no Brasil. Quando a TV resolveu exibir por aqui o seriado "Lone Ranger", com o pistoleiro mascarado que atira com balas de prata, usa máscara e monta seu cavalo gritando "aiôu, Silver", deu a ele o nome de Zorro, por causa da máscara que lembrava o personagem dos filmes com Douglas Fairbanks e Tyrone Power.
No entanto, alguns anos depois, chegou a série do legítimo Zorro, que ganhou o mesmo nome. Por isso, é comum escutar algum cinquentão chamar cada herói de "Zorro branco" e "Zorro preto", diferenciados pela cor do chapéu que usam. (THALES DE MENEZES)



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