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Série de TV marcou mais que os filmes
da Reportagem Local
Um dos heróis mais populares
do planeta, Zorro comemora seu
80º aniversário no próximo ano.
Ele surgiu pela primeira vez em
1919, num folhetim chamado "A
Vingança de Capistrano", escrito
pelo jornalista americano Johnston McCulley. Sua inspiração evidente era o personagem Scarlet
Pimpernel, espadachim mascarado de folhetins ingleses da virada
do século.
A estréia do herói nas telas demorou apenas um ano. Douglas
Fairbanks vestiu a máscara em "A
Marca do Zorro", sucesso mundial
em 1920. A história foi refilmada
nos anos 40, com o mesmo nome e
Tyrone Power, o galã mais cobiçado da época, usando a roupa preta
do heróis.
Apesar dos longas e de centenas
de livros e gibis, o Zorro ficou mais
conhecido no Brasil pela seriado
de TV produzido pela Disney em
1957. Com episódios de 30 minutos, que davam ênfase ao humor, a
série foi o primeiro grande sucesso
de Guy Williams, que na década
seguinte interpretaria o professor
John Robinson, o pai na mítica série "Perdidos no Espaço".
A produção da Disney também
deu destaque a outro personagem
célebre, que foi sumariamente eliminado do novo "A Máscara do
Zorro". Trata-se do atrapalhado
Sargento Garcia, que tinha seu
barrigão constantemente marcado
com o "Z" que o herói riscava com
a espada.
No cinema, o canastrão Guy Hamilton interpretou nos anos 80
uma versão gay do herói na divertida sátira "As Duas Faces do Zorro", filme muito reprisado na "Sessão da Tarde".
Involuntariamente, o personagem participou de uma pequena
polêmica no Brasil. Quando a TV
resolveu exibir por aqui o seriado
"Lone Ranger", com o pistoleiro
mascarado que atira com balas de
prata, usa máscara e monta seu cavalo gritando "aiôu, Silver", deu a
ele o nome de Zorro, por causa da
máscara que lembrava o personagem dos filmes com Douglas Fairbanks e Tyrone Power.
No entanto, alguns anos depois,
chegou a série do legítimo Zorro,
que ganhou o mesmo nome. Por
isso, é comum escutar algum cinquentão chamar cada herói de
"Zorro branco" e "Zorro preto",
diferenciados pela cor do chapéu
que usam.
(THALES DE MENEZES)
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