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Libertines redime punk com fúria
DA REDAÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
A banda que era de Carl e Pete
agora é de Carl e Gary.
Pete (o guitarrista Peter Doherty) está de quarentena do Libertines por sua relação estreita
com as drogas. Sua amizade conflitante com o vocalista e também
guitarrista Carl Barat era o motor
do quarteto londrino. Mas o que
se viu no palco Tim Lab, na última
noite do festival, domingo, foi um
Libertines punk sendo guiado pela massacrante performance do
baterista Gary Powell.
Eles têm canções furiosas, canções com melodias que grudam
no ouvido, canções que fazem
dançar. "Can't Stand Me Now",
"The Boys in the Band" e "What a
Waster" foram particularmente
furiosas e impressionantes.
Logo após os ingleses, no domingo, o Mars Volta trouxe mais
do que um coquetel de King
Crimson, Led Zeppelin e Rush
embalado em fúria punk. A violenta (e às vezes perigosa) performance do vocalista Cedric Blixer e
os solos do guitarrista Omar Rodriguez fizeram algumas pessoas
sonhar e colocaram outras para
pensar depois do show.
Com pouquíssima experiência
em palcos brasileiros, Bebel Gilberto conseguiu empolgar parte
da platéia do Tim Lab no sábado,
demonstrando que já vai longe o
tempo de insegurança total de
anos atrás. O show apontou para
uma sedimentação da bossa eletrônica difundido por Bebel lá fora, mas também já sob o perigo da
estagnação desse formato. No geral, ela hoje já soa mais bossa nova
tradicional que MPB eletrônica (o
que era seminovidade há quatro
anos). Também por isso, destoou
do todo do Tim Festival -para o
bem e para o mal.
Antes de Bebel, a britânica Cinematic Orchestra fez show em
que o jazz falou mais alto que a
eletrônica. O grupo retrocedeu do
trip hop ao jazz fusion à la Herbie
Hancock e ao free jazz, com direiro a cover do Art Ensemble of
Chicago.
(TN, SOS, PAS)
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