DA REPORTAGEM LOCAL

Em cada edição, o Festival Mix Brasil busca apontar para uma abordagem distinta da sexualidade em algum eixo temático de seus filmes. Nesse ano, o foco se volta para o universo pré-adolescente.
"São filmes inocentes, sobre uma questão que as pessoas têm medo de falar, pois são filmes sobre sexualidade, mas sem sexo", diz Suzy Capó, diretora do festival. Entre as produções que abordam tal temática, estão a japonesa "Linda, Linda, Linda" e a neozelandesa "50 Maneiras de Dizer Incrível".
Em um festival com cerca de 200 produções, há diversas vertentes. Um dos casos mais extremados é a produção argentina "Um Ano Sem Amor", sobre um soropositivo freqüentador de clubes sadomasoquistas. A Argentina é a convidada especial, com uma programação própria. "Já tratamos de vários países no festival, mas nunca de nosso vizinho. Como eles vivem um boom cinematográfico, a questão gay também está presente por lá", conta Capó.
Outro destaque do festival é o tributo aos irmãos Kuchar, Mike e George, que nos anos 50 filmavam em super-8, em Nova York, e foram pioneiros da estética camp, referenciada depois por Andy Warhol e John Waters. Cinco filmes da dupla, inéditos no Brasil, serão exibidos no Cinusp. (FABIO CYPRIANO)


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