São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2006

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Crítica

"Depois do Vendaval" é utopia feminista

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dos grandes clássicos dos anos 50, "Depois do Vendaval" (Telecine Cult, 19h40), de John Ford, é ainda hoje uma grande comédia romântica para os homens, mas, possivelmente, obra de certo desagrado para o público feminino. O tratamento que Sean (John Wayne) dedica a Mary Kate (Maureen O'Hara), com variados chutes no traseiro e chaves de braço, não é o ideal em tempos de machões que fazem limpeza de pele e luzes no cabelo.
Mais de perto, contudo, veremos que Sean tem todo o direito de dar uns tabefes na teimosa Mary Kate, que, além de ser irmã de um rival, avança de punhos cerrados contra ele.
O entendimento só será possível na marra, e até o beijo revelador precisará dos muques do galã para trancar a furiosa dama em seus braços.
Com mais atenção, veremos aqui uma utopia feminista, pois Sean trata Mary como se ambos estivessem em pé de igualdade. É de perto, também, que notamos que o mundo é tanto dos David Beckham quanto dos Russell Crowe.


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