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"Harry Potter" sai com 400 mil cópias
Tiragem da edição brasileira do último livro tem 50 mil exemplares a mais do que o anterior; lançamento tem festa em SP
Tradutora Lia Wyler diz que autora arredondou tipos como professor Snape, e que revelação da sexualidade de Dumbledore foi surpresa
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
As edições originais de
"Harry Potter e as Relíquias da
Morte", sétimo e último livro
da saga de J.K. Rowling, chegaram a ocupar os primeiros lugares até mesmo das listas de
best-sellers do Brasil, quando
foram lançadas em julho. Recém-publicadas, as traduções
alemã e francesa já estão entre
os livros mais vendidos por lá. E
a edição brasileira, que chega
nesta noite às livrarias, não deve tardar para realizar o feito.
A tiragem inicial da editora
Rocco já é um indício: 400 mil
cópias do livro estão sendo distribuídas, 50 mil a mais do que
o título anterior, "Harry Potter
e o Enigma do Príncipe", de
2005. A campanha de marketing inclui ainda displays cenográficos com a coleção completa e distribuição de brindes.
Em São Paulo, três redes de
livrarias farão festa para o lançamento. A Saraiva do shopping Morumbi (av. Roque Petroni Jr.,1.089, tel. 0/xx/11/
5181-7574) abre as caixas hoje,
às 20h, mas as atividades começam às 16h. A Fnac Paulista (av.
Paulista, 901 e al. Santos, 960,
tel. 0/xx/11/2123-2000) começa a festa às 21h e abre as caixas
à 0h. Amanhã, a livraria Cultura do Market Place (av. Chucri
Zaidan, 902, tel. 0/xx/11/3474-4457) começa as atividades às
12h30, e, às 14h, abre as caixas.
Sem substituto
Futuros livros de Rowling a
serem lançados no Brasil ainda
são uma incógnita. Segundo a
Rocco, a autora assina um contrato por título.
Dos 160 títulos que a Rocco
lança por ano, cerca de 60 são
infanto-juvenis. A editora não
arrisca fazer apostas de lançamentos de peso no segmento
para "cobrir" a lacuna aberta
pelo fim da série. "Temos muitos lançamentos que consideramos importantes e relevantes para o mercado, mas preferimos não fazer apostas", comenta o editor Paulo Rocco.
"Afinal, Harry Potter foi um fenômeno que pegou a todos de
surpresa e só fez este sucesso
porque cruzou fronteiras de
idade, gostos e formação."
O fenômeno tem números
realmente expressivos: a série
já vendeu 325 milhões de
exemplares no mundo, sendo
traduzida em 64 línguas. Lançado no dia 21/7, "Harry Potter
e as Relíquias da Morte" vendeu 8,3 milhões de cópias em
um dia, só nos EUA.
A tradução da edição brasileira durou cerca de três meses
e ficou novamente nas mãos de
Lia Wyler. A tradutora lembra
que, neste livro, Rowling retomou fios da trama deixados em
suspenso. "Ela arredondou
personagens como Snape e
Dumbledore e explicou melhor
o que aconteceu com os pais do
Harry. Mas, lingüisticamente,
não houve muita novidade."
E a novidade, pós-lançamento do último livro, da homossexualidade de Dumbledore?
"A declaração surpreendeu a
todos, porque, nos livros anteriores, não houve nem sequer
menção a sexo, além dos castos
beijinhos trocados aqui e ali
por personagens de sexos opostos. No sétimo livro, há um
acentuado destaque para Grindenwald e sua amizade com
Dumbledore. Mas nenhuma
conclusão amorosa."
HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE
Autora: J.K. Rowlings
Tradução: Lia Wyler
Editora: Rocco
Quanto: R$ 59,50 (592 págs.)
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