São Paulo, sexta-feira, 09 de novembro de 2007

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Crítica/show

Chemical Brothers reinventam seus sons

DA REPORTAGEM LOCAL

O Chemical Brothers esteve em São Paulo anteontem à noite. Mas (ainda bem) os Chemical Brothers não estiveram em São Paulo anteontem à noite.
O Credicard Hall, com casa cheia, abrigou, mais do que um show, uma experiência audiovisual (isso lembra Daft Punk...) comandada pela dupla inglesa. Longe da posição de popstars, sem o menor trejeito para o palco, Ed Simons e Tom Rowlands reforçavam a idéia de que a música eletrônica não tem uma face reconhecível e permaneciam pequenininhos em meio ao monte de equipamentos que os cercavam e embaixo de uma espécie de malha que funcionava como um telão de alta definição.
Esse telão, com o apoio de refletores e de um impressionante jogo de luzes, fornecia ao público vários ingredientes psicodélicos que ilustravam a viagem promovida por beats densos, ácidos, hipnotizantes.
Com 15 anos de estrada, o risco de uma apresentação datada era grande. Os Chemical Brothers se esquivaram da armadilha reelaborando e desconstruindo clássicos como "Hey Boy Hey Girl" e "Block Rockin Beats". As faixas apareciam retorcidas, muitas vezes misturadas a outras -"Out of Control" veio junto com "Don't Fight, Feel It" (música da fase mais lisérgica do Primal Scream).
Após 1h40, acaba a colorida viagem dos Chemical Brothers. E aí Simons e Rowlands se despedem. (TN)

Avaliação: ótimo


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