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Crítica/show
Chemical Brothers reinventam seus sons
DA REPORTAGEM LOCAL
O Chemical Brothers esteve em São Paulo anteontem à noite. Mas
(ainda bem) os Chemical Brothers não estiveram em São
Paulo anteontem à noite.
O Credicard Hall, com casa
cheia, abrigou, mais do que um
show, uma experiência audiovisual (isso lembra Daft
Punk...) comandada pela dupla
inglesa. Longe da posição de
popstars, sem o menor trejeito
para o palco, Ed Simons e Tom
Rowlands reforçavam a idéia
de que a música eletrônica não
tem uma face reconhecível e
permaneciam pequenininhos
em meio ao monte de equipamentos que os cercavam e embaixo de uma espécie de malha
que funcionava como um telão
de alta definição.
Esse telão, com o apoio de refletores e de um impressionante jogo de luzes, fornecia ao público vários ingredientes psicodélicos que ilustravam a viagem promovida por beats densos, ácidos, hipnotizantes.
Com 15 anos de estrada, o risco de uma apresentação datada
era grande. Os Chemical Brothers se esquivaram da armadilha reelaborando e desconstruindo clássicos como "Hey
Boy Hey Girl" e "Block Rockin
Beats". As faixas apareciam retorcidas, muitas vezes misturadas a outras -"Out of Control"
veio junto com "Don't Fight,
Feel It" (música da fase mais lisérgica do Primal Scream).
Após 1h40, acaba a colorida
viagem dos Chemical Brothers.
E aí Simons e Rowlands se despedem.
(TN)
Avaliação: ótimo
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