|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Duke Ellington está em novo
volume lançado pela Coleção Folha
Músico fez rara fusão entre blues, swing e uma forma que lembrava eruditos
DA REPORTAGEM LOCAL
Se, para algumas pessoas, o
número 13 significa azar, na
edição do próximo domingo da
Coleção Folha Clássicos do
Jazz ele é sinônimo de um dos
maiores criadores de música do
século 20: Duke Ellington, um
nome que pairou acima de
fronteiras, estilos ou gêneros.
Autor de uma quantidade de
obras que chega à espantosa cifra de 6.000, Edward Kennedy
Ellington (1899-1974) foi o líder de uma célebre "big band"
da era do swing, pianista de talento e compositor de temas
imortais, como "Take the A
Train", "Solitude", "Mood Indigo" e "Sophisticated Lady".
Tendo começado a estudar
piano aos sete, foi, por ironia,
praticamente um autodidata
nos quesitos sobre os quais seria construída sua reputação de
originalidade e sofisticação.
Em parceria com o arranjador e pianista Billy Strayhorn,
Ellington desenvolveria uma
instrumentação originalíssima,
privilegiando combinações de
timbres que fugiam dos clichês.
As cores exóticas assim obtidas
ficaram conhecidas como "jungle style", o estilo da selva.
Duke mostrava ainda uma
preocupação com a forma que
lembrava os grandes mestres
da música clássica, sem deixar
que o uso de recursos sinfônicos em suas obras apagasse sua
essência.
Nessa rara fusão entre o
blues da zona rural, o swing dos
salões de dança e o apuro formal das salas de concerto reside a força e o encantamento das
realizações de um autor que
conseguiu chegar ao erudito
sem deixar de ser popular.
Texto Anterior: Após ver o show, brasileiro treina e vira astro do gelo Próximo Texto: DVDs- Crítica/"Roma": Série desaponta por excesso de ficção Índice
|