São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2007

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Duke Ellington está em novo volume lançado pela Coleção Folha

Músico fez rara fusão entre blues, swing e uma forma que lembrava eruditos

DA REPORTAGEM LOCAL

Se, para algumas pessoas, o número 13 significa azar, na edição do próximo domingo da Coleção Folha Clássicos do Jazz ele é sinônimo de um dos maiores criadores de música do século 20: Duke Ellington, um nome que pairou acima de fronteiras, estilos ou gêneros.
Autor de uma quantidade de obras que chega à espantosa cifra de 6.000, Edward Kennedy Ellington (1899-1974) foi o líder de uma célebre "big band" da era do swing, pianista de talento e compositor de temas imortais, como "Take the A Train", "Solitude", "Mood Indigo" e "Sophisticated Lady".
Tendo começado a estudar piano aos sete, foi, por ironia, praticamente um autodidata nos quesitos sobre os quais seria construída sua reputação de originalidade e sofisticação.
Em parceria com o arranjador e pianista Billy Strayhorn, Ellington desenvolveria uma instrumentação originalíssima, privilegiando combinações de timbres que fugiam dos clichês. As cores exóticas assim obtidas ficaram conhecidas como "jungle style", o estilo da selva.
Duke mostrava ainda uma preocupação com a forma que lembrava os grandes mestres da música clássica, sem deixar que o uso de recursos sinfônicos em suas obras apagasse sua essência.
Nessa rara fusão entre o blues da zona rural, o swing dos salões de dança e o apuro formal das salas de concerto reside a força e o encantamento das realizações de um autor que conseguiu chegar ao erudito sem deixar de ser popular.


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