São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

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GASTRONOMIA

Restaurante cria refúgio bucólico na serra

Ayrton Vignola/Folha Imagem
Bacalhau à Maria Custódia, do Quinta da Canta, que fica na serra da Cantareira, em Mairiporã


JOSIMAR MELO
COLUNISTA DA FOLHA

Um clima de Relais & Châteaux (a associação de restaurantes e hotéis sofisticados e de charme nascida na França) paira no ar para quem visita o Quinta da Canta -um restaurante incrustado na mata Atlântica, mas a apenas meia hora do centro de São Paulo. Um percurso que começa no inferno do trânsito e termina num ambiente de refúgio bucólico, numa casa de campo decorada com bom gosto.
O trajeto em direção à zona norte leva às fraldas da serra da Cantareira, dirigindo-se a Mairiporã por uma estrada sinuosa, margeada por uma vegetação que exala um ar fresco e perfumado.
A propriedade, de 5.000 m2, pertence a um casal de publicitários que continua tocando sua carreira. Sergio Lima, 60, e sua mulher, Teresa, 51, construíram a Quinta da Canta como uma chácara de final de semana. Ali cozinhavam para os amigos, até que, no final de 2002, profissionalizaram a atividade e hoje passam os finais de semana postados diante do fogão e do forno a lenha.
O casal só atende com reservas feitas por telefone e somente no almoço dos sábados e domingos. São apenas uns 30 lugares, que variam com a possibilidade de montar mesas do lado de fora, diante da piscina. No melhor estilo dos grandes restaurantes da Europa, a mesa fica bloqueada a tarde inteira para quem a reservou, ficando à disposição do cliente o tempo que ele quiser, entre as 13h e as 18h. Nesse período, pode passear pelas redondezas, banhar-se na piscina ou então (mediante solicitação) relaxar com massagens.
O cardápio muda a cada fim de semana -sempre um menu-degustação composto por um variado couvert, entrada, três opções de prato principal e duas de sobremesa, ao preço de R$ 65 (há uma opção infantil, a R$ 16). A cozinha é bem elaborada e, dada a localização do restaurante, busca fazer uma releitura de comidas tradicionais e com relação com o campo, de várias partes do mundo. Vale o korna (cordeiro cozido com iogurte e especiarias), da Índia; o bacalhau à Maria Custódia, receita da aldeia da família de Teresa, de Portugal; o cassoulet e o boeuf bourguignon, da França.
Em 30 de janeiro, por exemplo, o menu era assim constituído: couvert (pãezinhos caseiros, pastas e tiam -legumes assados- à provençal); entrada (brandade de bacalhau com folhas da horta); prato principal (korma; abadejo gratinado com molho de gorgonzola e arroz de peras; ou peito de frango com mostarda de mel e béchamel de laranja); e sobremesa (tarte tatin de banana com sorvete de creme ou frutas assadas no forno). Comida preparada num bom nível, merecendo uma oferta mais ampla de vinhos, bem como uma adega adequada.

QUINTA DA CANTA. Onde: al. Bélgica, 325, Parque Petrópolis, tel. 0/xx/11/ 4485-2185 e 0/xx/11/3666-1938. Site: www.quintadacanta.com.br. Estacionamento gratuito. Quando: aos sábados e domingos, das 13h às 18h.

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