Pensado e produzido pelo carioca Maurício Pacheco, traz remixes de antigas composições angolanas feitos por músicos e produtores como Mario Caldato Jr., Kassin, Rica Amabis, Moreno Veloso e DJ Dolores. É delicioso ouvir o português cantado em Angola, país ainda tão distante de nós, brasileiros. E os remixes têm a delicadeza de não abafar as canções garimpadas por Maurício nos arquivos da Rádio Nacional de Angola, de onde emergiu o material bruto.
POR QUE OUVIR: O tratamento eletrônico elegante, voltado à lounge music, mantém as particularidades das canções. (FABIO RIGOBELO)

Instrumental
Som na Brasa/ Regional Brasileiro
WALTER PINHEIRO
Gravadora: Fonomatic;
Quanto: R$ 48 (duplo);
Avaliação: bom
Maurício Carrilho, Luciana Rabello, Nenê e Vinícius Dorin são alguns dos convidados de Walter Pinheiro (flauta e saxofone) neste ambicioso álbum duplo. "Som na Brasa", o disco 1, se aproxima da sonoridade que ficou conhecida como música instrumental brasileira contemporânea, enquanto "Regional Brasileiro" bebe nas raízes tradicionais do choro.
POR QUE OUVIR: "Regional" é mais interessante do que "Som na Brasa", mas ambos se deixam ouvir agradavelmente. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

Rock
Wilco (The Album)
WILCO
Gravadora: Warner;
Quanto: R$ 30, em média;
Avaliação: bom

Poucas bandas conseguem realçar a simplicidade de guitarras e baixo com melodias sofisticadas e letras inteligentes. É o caso do Wilco, grupo que tem em Jeff Tweedy um letrista e vocalista iluminado, que vai da angústia à alegria com a mesma desenvoltura. Em seu sétimo álbum, o Wilco continua infalível.
POR QUE OUVIR: Traz canções como a bela "You and I", um dueto com a cantora Feist, e canções bonitas como "Everlasting Everything".
(TN)

MPB
Cantado
MARCELO CALDI
Gravadora: MP,B;
Quanto: R$ 35, em média;
Avaliação: regular

Aos 29 anos, Caldi já é muito respeitado como arranjador, pianista e acordeonista. Em novo CD, tenta se afirmar como compositor e cantor. No primeiro quesito, consegue bons momentos em, por exemplo, "Espinheiras" (letra de Herminio Bello de Carvalho), mas outras ainda trazem ideias e humores pouco felizes. E cantar não é o seu forte. O destaque são mesmo as instrumentações. POR QUE OUVIR: É grande músico amadurecendo como compositor, com parceiros como Sergio Ricardo e Edu Krieger. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Rock
Definitively Alive
GARAGE FUZZ
Gravadora: Ideal Records e Flame Discos;
Quanto: R$ 30, em média;
Avaliação: bom

Peça-chave do hardcore paulista, o Garage Fuzz completou 18 anos de vida em 2009. Para sacramentar a maioridade, o quinteto de Santos lançou seu primeiro DVD, que compila um show e um documentário sobre sua carreira e traz ainda um CD de antigas e inéditas do grupo. POR QUE VER: porque não dá para falar sobre hardcore brasileiro sem citar o grupo, que bebeu do punk americano, não abriu mão de sua independência e influenciou um punhado de bandas dos anos 2000. (BRUNA BITTENCOURT)


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