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São Paulo, sábado, 10 de maio de 2003

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TEATRO

O bêbado e a ninfomaníaca

Chris von Ameln/Folha Imagem
Lucília Diniz interpreta Rosemary, uma mulher "caliente"; à direita, João Armentano mostra a forma física de galã


Dois espaços acabaram sendo palco da comédia beneficente "Heresia, Irmãos!", que estreou quinta no clube A Hebraica: o palco mesmo e a coxia. No elenco, representantes do jet set paulistano: as empresárias Yara Baumgart e Lucília Diniz, o arquiteto João Armentano, o publicitário Roberto Justus, Roberto Lima, da Credicard, e outros.
 
Foi ali, nos bastidores da estréia, que se passaram algumas cenas de nervosismo e graça. Yara Baumgart fez 40 minutos de aquecimento, levantando os braços e emitindo sons. "Não conseguia fazer algumas expressões por causa do botox", contava ela, com dificuldades para franzir a testa.
 
Um morcego passou voando pela coxia. Avisada, Lucília Diniz se assustou. "Ai, que horror!", exclamou, mastigando gengibre. Pelo celular, João Armentano pedia a Cris, sua mulher, na platéia, que ela puxasse aplausos. Os "atores" ensaiaram durante dois meses, com a diretora Elisabeth Hartmann. "Ela transformou oito baratas tontas em um elenco", conta Armentano. Cinco minutos antes de subir ao palco, o elenco dá as mãos para trocar energia. Justus quebra a corrente para atender o celular. As portas do teatro ainda não estavam abertas, e a multidão se aglomerava. "Vou mudar para a Suíça. No Brasil é muita incompetência!", se irritou o publicitário.
 
Yara, que interpreta uma dona-de-casa, entra no palco dançando. Sua personagem vai reunir amigos que planejam um golpe numa seguradora. Lucília faz uma ninfomaníaca. Entra em cena ao som das Frenéticas. "Eu sei que eu sou bonita e gostosa..." Armentano, um pastor bêbado. Justus, um detetive. Na platéia, a primeira-dama Lu Alckmin brilha. A peça já arrecadou R$ 500 mil vendendo ingressos para empresas, e tudo vai ser doado para várias entidades beneficentes.


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