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Aventura
"Desafio no Pólo" relembra expedição
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Chegar em primeiro lugar ao
Pólo Sul era o equivalente no
começo do século 20 ao que foi
chegar na Lua na sua segunda
metade. Exatamente do mesmo modo, o pretexto era fazer
"ciência", mas o que estava em
jogo era o prestígio nacional.
No caso da Lua tratava-se de
um capítulo da Guerra Fria entre o Estados Unidos e a União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Os EUA ganharam a
corrida em 1969.
Os competidores na década
de 10 eram diferentes. De um
lado o Reino Unido, o maior
império da Terra. Do outro, a
Noruega, país recém-independente. Seus campeões eram o
britânico Robert Falcon Scott e
o norueguês Roald Amundsen.
O documentário mostra uma
expedição recente que reconstituiu a viagem dos exploradores, usando a tecnologia de
1910, incluindo os trenós movidos a cães. Ironicamente, as
viagens tiveram que ser feitas
na direção do outro pólo, pois
hoje é proibido o uso de cães de
trenó na Antártida.
O norueguês chegou ao extremo sul da Terra, depois de
99 dias de viagem e 3.000 km
em 14 de dezembro de 1911,
com uma equipe de cinco homens e 16 cachorros. Scott chegou lá 35 dias depois, descobrindo, consternado, a bandeira norueguesa. O problema foi
a volta. Scott e sua equipe morreram. O diário do explorador é
um texto dramático.
DESAFIO NO PÓLO
Quando: hoje, às 22h
Onde: no History Channel
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