São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Paul Verhoeven subverte clichês do gênero terror

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Os privilégios em relação à ordem natural das coisas costumam se tornar rapidamente maldição. É uma regra do gênero, do horror. Uma regra tão usual que hoje em dia é mais usada em comédias do que no terror propriamente dito.
Mas Paul Verhoeven não é de se intimidar com detalhes dessa ordem. Seu prazer parece ser desafiar a ordem natural do cinema. Reinventar o clichê. Tratá-lo como se nunca antes tivesse sido visitado.
O resultado pode não ser plenamente satisfatório nessa história em que Kevin Bacon faz o cientista antipático que experimenta em si mesmo a fórmula da invisibilidade em "O Homem sem Sombra" (AXN, 22h). Como faz desde Frankenstein, a natureza cobrará um preço.
O cinema também. Como a feitura é modesta e não tem a originalidade de um Cronenberg, por exemplo, o filme permanece em um limbo: nem prestígio nem estouro de bilheteria.
Mas é um espetáculo que se vê com gosto.


Texto Anterior: Aventura: "Desafio no Pólo" relembra expedição
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.