São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2004

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FILMES

Não Chame a Polícia
SBT, 14h30.
  
(Amos & Andrew). EUA, 1993, 95 min. Direção: E. Max Frye. Com Nicolas Cage, Samuel L. Jackson, Dabney Coleman. Jackson faz o dramaturgo afro-americano que, logo após se mudar para a nova casa, na Nova Inglaterra, é levado por engano a um assalto. Cage é o suspeito de tê-lo seqüestrado.

Gargantua
Globo, 15h40.
 
(Gargantua). EUA, 1998, 90 min. Direção: Bradford May. Com Adam Baldwin, Julie Carmen. Numa ilha da Polinésia, cientista estuda efeitos de terremotos sobre a região. Logo ele descobrirá que esses efeitos são grandiosos, no sentido Godzilla da palavra.

No Início
SBT, 22h30.
  
(In the Beginning). EUA, 2000, 189 min. Direção: Kevin Connor. Com Martin Landau, Christopher Lee, Jacqueline Bisset, Geraldine Chaplin. O início é, no caso, o da civilização judaico-cristã, do Genesis ao Exodus, de Abraão a Moisés. Personalidades grandes demais para o modesto Kevin Connor.

Intercine
Globo, 1h55.

As propostas para quinta são dois dramas românticos, "Tarde Demais para Esquecer" (1957, de Leo McCarey, com Cary Grant, Deborah Kerr) e "A Época da Inocência" (1993, de Martin Scorsese, com Michelle Pfeiffer, Daniel Day-Lewis, Winona Ryder).

Um Anjo em Minha Vida
SBT, 2h10.
 
(The Preacher's Wife). EUA, 1996. Direção: Penny Marshall. Com Denzel Washington, Whitney Houston, Gregory Hines. Filho do pastor e de uma cantora do coral da igreja pede aos pais um irmãozinho. Eles estão em crise conjugal, de maneira que quem vai dar uma força ao menino é um anjo, por nome Dudley. Aí nem Denzel segura.

Nikki, o Cão Selvagem do Norte
SBT, 3h50.
 
(Nikki, the Wild Dog of the North). Canadá, 1961. Direção: Don Haldane, Jack Couffer. Com Jean Coutu, Emile Genest. Nikki é um híbrido, metade cão, metade homem, criado no Canadá, no fim do século 19. Suas aventuras ficariam, talvez, mais bem colocadas numa matinê do que numa madrugada. (IA)

Uma família e seu negócio

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Confiança é o nome do negócio. Se alguém consegue juntar Sean Connery, Dustin Hoffman e Matthew Broderick, é quase certo que tenha um filme.
Se aparece no pedaço um diretor de prestígio, mas apagado nos últimos tempos, como Sidney Lumet, uma mão acaba lavando a outra: temos um filme de estrelas, mas referendado por um autor. Ou ex-autor.
"Negócios de Família" (Telecine Happy, 22h) trata de uma família cujo patriarca (Connery) trata de envolver o filho e o neto em seus negócios.
É esquecível? É. Ainda assim, supera em muito quase tudo que é apresentado neste canal de supostas comédias. Dá para ver? Como não confiar em um elenco desses? Primeiro, vem o passatempo. Depois, o esquecimento.

TEATRO

Giramundo mostra como humaniza bonecos

DA REPORTAGEM LOCAL

No teatro de animação, o boneco perfeito, além de tudo, precisa ter eixo corporal, respirar no tempo certo e dar bom-dia a quem é de bom-dia, os seus inseparáveis marionetistas.
São algumas das percepções, simples e diretas assim, de artistas do grupo mineiro Giramundo - Teatro de Bonecos, objeto de um documentário de mesmo nome que estréia amanhã na STV - Rede SescSenac de Televisão.
A relação humanizada com os bonecos, em sua maioria confeccionados em madeira, é uma das premissas do diretor mineiro Álvaro Apocalypse (1937-2003).
O "Seu Álvaro" é invocado com freqüência nos ensaios ou na oficina de criação. Permanece no grupo o espírito lúdico, sábio e perspicaz desse artista plástico que foi um dos seus fundadores, em 1970, ao lado de Terezinha Veloso (sua mulher, que também já morreu) e Maria do Carmo Vivacqua Martins, a Madu.
Além de depoimentos dos integrantes e de trechos de espetáculos, o documentário encontra seu equilíbrio ao se ater principalmente ao trabalho artesanal.
Há uma dedicação intensiva à chamada fase de laboratório, as experiências formais. É longo o caminho entre a madeira bruta e o acabamento escultural, os figurinos, os adereços, os mecanismo de manipulação etc.
O universo estético, também dos mais depurados, ganha evidência no terceiro bloco, dedicado ao espetáculo "Cobra Norato" (1979), baseado no poema do gaúcho Raul Bopp, escrito em 1921, sob influência da cultura e de mitos da Amazônia. Aqui, os bonecos flutuam no espaço, e os desenhos têm traços cubistas.
A dupla Carla Gallo e Cesar Cabral, que assina direção e roteiro, e Jay Yamashita (direção de fotografia) dialogam criativamente com os bonecos (são mais de 600 no Museu Giramundo, em Belo Horizonte). E, na edição, imagens e trilha jamais se dissociam dos sentimentos que estão em cena ou na coxia dessa fantasia sem fim.
(VALMIR SANTOS)


GIRAMUNDO - TEATRO DE BONECOS. Quando: estréia amanhã, às 22h, na Rede SescSenac.


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