São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2005

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ELETRÔNICA

Produtor e DJ austríaco se apresenta no ampgalaxy

Christopher Just traz novo electro ao país olhando para o passado

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando estourou no final dos anos 90, o "novo" electro, encampado pelo selo alemão International Deejay Gigolo, foi acusado por uns de ser apenas reciclagem preguiçosa da música feita nos anos 80 e reverenciado por outros por injetar novo ânimo e linguagem nas pistas de dança. Para Christopher Just, sem juízo de valor, um ponto é certo: o movimento resgatou uma sonoridade que andava no mínimo esquecida.
Produtor e DJ austríaco, Just se apresenta pela primeira vez no Brasil hoje à noite, no clube/bar/ loja ampgalaxy, em São Paulo. Ele chega depois de ter lançado na Europa seu novo álbum, "Roland Flick Fairmont Princess # 1527".
É, segundo Just, um disco mais "sério" se comparado ao que já fez. "Costumava produzir brincando com elementos, com músicas dos outros, mas neste álbum quis focar apenas nas idéias que já tinha na cabeça, sem piadas."
É um disco de electro, mas com forte influência pop em alguns momentos e tecno em outros. O primeiro single, "Popper", foi feito com o irmão, Raphael, e traz toques que parecem de ringtones. "São sons de velhos computadores Commodore", diz. "Foi a primeira vez que entrei em estúdio com meu irmão."
Em 1997, Just estourou com "I'm a Disco Dancer". "É uma faixa com um vocal sintético, que fala direto para quem está na pista, o que ajudou a fazer sucesso."
Um dos principais artistas da Gigolo, ele refuta a idéia de que o electro definhou. "Naquela época, a Gigolo fazia um grande revival dos anos 80. Para os mais jovens, foi uma experiência nova", diz ele, que lançava também sob o nome Ilsa Gold e, na faculdade, cursou artes. "O electro não morreu. Alguns dizem que o rap está em alta, mas no próximo mês alguém aparece com uma faixa de electro e volta a ser como antes." (TN)


Drink & Go Party
Com:
os DJs Christopher Just, Ana Flávia, Paula e outros
Quando: hoje, a partir das 23h
Onde: ampgalaxy (r. Fradique Coutinho, 352, São Paulo; tel. 0/xx/11/3085-7867)
Quanto: de R$ 10 a R$ 25


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