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Antes só...
Novos álbuns
confirmam
sucesso da
carreira solo de
Nando Reis
e o naufrágio
coletivo de
sua ex-banda,
os Titãs
MARCUS PRETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Na semana passada, Nando
Reis lançou "Drês", seu terceiro
álbum de inéditas desde que
deixou os Titãs, em 2003. Agora, os Titãs soltam "Sacos Plásticos", o segundo deles após a
saída de Nando. A proximidade
dos lançamentos torna inevitáveis as comparações.
E os Titãs saem perdendo.
Não que estejam estagnados.
Em "Sacos Plásticos", a banda
se arrisca até mais que Nando
em "Drês". E se mostra empenhada em ultrapassar as próprias fronteiras em busca da
fonte da juventude para seu
som. Mas, nessa procura, se
perde dela mesma.
É sempre bom lembrar que
estamos falando de uma das
bandas mais importantes da
história da música pop brasileira. Que soube se renovar muitas vezes, e de forma brilhante.
Mas até para isso existe um limite. Não é sempre que oito cabeças (cinco, agora) conseguem
se reinventar juntas sem que
nenhuma delas perca alguma
integridade. Arnaldo Antunes
foi o primeiro a perceber isso e
deixou a banda em 1992. Nando
demorou mais. Hoje é claro que
os dois ganharam muito com a
separação, principalmente em
consistência artística.
Todos os integrantes que
continuam nos Titãs já comprovaram seus talentos individuais, inclusive para além do
campo da música.
Só não descobriram ainda
que estar sozinho não é tão
ruim assim.
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