São Paulo, quarta-feira, 10 de junho de 2009

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Antes só...

Novos álbuns confirmam sucesso da carreira solo de Nando Reis e o naufrágio coletivo de sua ex-banda, os Titãs

MARCUS PRETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana passada, Nando Reis lançou "Drês", seu terceiro álbum de inéditas desde que deixou os Titãs, em 2003. Agora, os Titãs soltam "Sacos Plásticos", o segundo deles após a saída de Nando. A proximidade dos lançamentos torna inevitáveis as comparações.
E os Titãs saem perdendo.
Não que estejam estagnados. Em "Sacos Plásticos", a banda se arrisca até mais que Nando em "Drês". E se mostra empenhada em ultrapassar as próprias fronteiras em busca da fonte da juventude para seu som. Mas, nessa procura, se perde dela mesma.
É sempre bom lembrar que estamos falando de uma das bandas mais importantes da história da música pop brasileira. Que soube se renovar muitas vezes, e de forma brilhante. Mas até para isso existe um limite. Não é sempre que oito cabeças (cinco, agora) conseguem se reinventar juntas sem que nenhuma delas perca alguma integridade. Arnaldo Antunes foi o primeiro a perceber isso e deixou a banda em 1992. Nando demorou mais. Hoje é claro que os dois ganharam muito com a separação, principalmente em consistência artística.
Todos os integrantes que continuam nos Titãs já comprovaram seus talentos individuais, inclusive para além do campo da música.
Só não descobriram ainda que estar sozinho não é tão ruim assim.


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