|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica/moda
Peruas e poderosas disputam as passarelas do 3º dia do Fashion Rio
ALCINO LEITE NETO
VIVIAN WHITEMAN
ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
E no terceiro dia a holding Inbrands e o empresário Paulo Borges
receberam a bênção oficial ao
novo Fashion Rio. O governador Sergio Cabral e o prefeito
Eduardo Paes compareceram
anteontem à semana de moda
para assistir a um desfile e conferir as novas instalações do
evento, no cais do porto.
Alinhados em seus ternos e
acompanhados de comitiva toda vestida de preto, os políticos
presenciaram a extravagante
apresentação de Carlos Tufvesson. O contraste não poderia
ser maior. Em contraposição ao
tom oficial da visita, a passarela
foi tomada por piriguetes descabeladas, que pareciam saídas
de uma boate dos anos 80.
Com microvestidos de cetim
colorido e leggings rasgadas,
Tufvesson não economizou no
efeito "roupas proibidas para
menores" (e bem impróprias
para primeiras-damas). Como
diria a funkeira Tati Quebra-Barraco, "ai, que é isso, elas estão descontroladas".
As cores também berraram
no desfile de Victor Dzenk, que
pegou carona no bondinho
nostálgico da moda -aquele
que circula em looping eterno
entre os anos 20 e os 90- e foi
parar numa Saint-Tropez sessentista. Batas, caftãs e vestidões vieram bem construídos e
com estampas apoteóticas para
levarem ao ápice uma visão
passadista da feminilidade.
Já Luiza Bonadiman esqueceu a praia e conduziu seu
beachwear para um ambiente,
digamos, mais escuro. Maiôs e
biquínis foram compostos por
faixas e tiras, com muito preto e
pegada sexy-perversa, no melhor estilo bondage. Sem dúvida, uma nova interpretação para a expressão "verão quente".
Entre peruas e poderosas,
houve espaço para moças comportadas e um pouco mais sintonizadas com seu tempo. As
garotas da Apoena ofereceram
alívio charmoso e fresquinho
em algodões bordados e cores
claras, porque a temporada, afinal, é do sol e do ano de 2010.
Texto Anterior: Rota do grafite Próximo Texto: MinC agrega sugestões a projeto de Lei Rouanet Índice
|