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OAB critica declaração de secretário sobre advogados
DA REPORTAGEM LOCAL
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou uma nota de repúdio a declaração feita
à Folha pelo secretário-executivo do MinC (Ministério da
Cultura), Alfredo Manevy.
Em entrevista à Ilustrada
publicada no último dia 30,
Manevy disse que a resistência
do setor privado às mudanças
da Lei Rouanet não vem de empresários, mas de "intermediários e advogados que funcionam como despachantes de
projetos culturais".
Manevy comentava reportagem da Folha mostrando que o
projeto, se aprovado em seu
formato original, reduziria o
apetite do setor privado por investir em cultura.
Manevy respondia a empresas, que, consultadas pela Folha, anunciaram que, nessa hipótese, devem reduzir seus investimentos na área, tanto os
incentivados por redução de
impostos quanto os feitos com
recursos próprios.
Segundo a nota da OAB, a
afirmação de Manevy é "descabida" e "infeliz". "Na condução
dos projetos incentivados, o advogado é mais um dos prestadores de serviço fundamental
para a boa consecução desses
empreendimentos."
Para a entidade, o secretário-executivo, "como agente público, por imposição legal, deve
portar-se conforme os padrões
éticos da probidade e decoro".
A nota diz ainda que "equiparar a função do advogado à de
meros intermediários diminui
o importante papel desempenhado pelos advogados" na
prestação da Justiça no país.
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