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ilustrada em cima da hora
Diretor de jornalismo da Cultura é afastado
Jornalista Gabriel Priolli fica apenas uma semana no posto da emissora
Afastamento levanta suspeitas de ingerência política na TV; diretor de conteúdo nega censura a reportagem
ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO
Após uma semana no posto, o jornalista Gabriel Priolli
deixou de ser diretor de jornalismo da TV Cultura. A decisão, tomada pelo jornalista
Fernando Vieira de Mello, vice-presidente de conteúdo
da emissora, alimentou boatos a respeito da ingerência
política sobre o canal.
No final da tarde de quinta-feira, Mello chamou Priolli
à sua sala para comunicá-lo
do afastamento. Priolli, que
já era funcionário da Cultura,
disse, à Folha, que preferia
não falar sobre o episódio.
Nos corredores da emissora e na blogosfera, circula a
informação de que, por trás
da saída de Priolli, está uma
reportagem sobre problemas
e aumento nos pedágios.
A reportagem teria sido
"derrubada"- jargão para o
que não é veiculado - por
Mello. "A reportagem não foi
ao ar na quarta-feira por uma
razão simples: não estava
pronta", diz Mello.
"Eram ouvidos só [Geraldo] Alckmin e [Aloísio] Mercadante. Em período eleitoral, somos obrigados a ouvir
todos os candidatos. Foi isso
que fizemos", acrescenta.
De acordo com ele, o material iria ao ar ontem à noite,
no "Jornal da Cultura".
Dias antes, outra dança de
cadeiras originou rumores
sobre a influência do governo estadual sobre a TV.
Segundo estes, Heródoto
Barbeiro teria sido substituído por Marília Gabriela no
"Roda Viva" por ter feito uma
pergunta incômoda a Serra.
A TV atrela a mudança à
busca de uma "nova cara"
para o canal. Mello observa,
ainda, que que nem Priolli
nem Barbeiro foram demitidos. Ambos devem assumir
novas posições na emissora.
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