São Paulo, sábado, 10 de julho de 2010

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ilustrada em cima da hora

Diretor de jornalismo da Cultura é afastado

Jornalista Gabriel Priolli fica apenas uma semana no posto da emissora

Afastamento levanta suspeitas de ingerência política na TV; diretor de conteúdo nega censura a reportagem

ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO

Após uma semana no posto, o jornalista Gabriel Priolli deixou de ser diretor de jornalismo da TV Cultura. A decisão, tomada pelo jornalista Fernando Vieira de Mello, vice-presidente de conteúdo da emissora, alimentou boatos a respeito da ingerência política sobre o canal.
No final da tarde de quinta-feira, Mello chamou Priolli à sua sala para comunicá-lo do afastamento. Priolli, que já era funcionário da Cultura, disse, à Folha, que preferia não falar sobre o episódio.
Nos corredores da emissora e na blogosfera, circula a informação de que, por trás da saída de Priolli, está uma reportagem sobre problemas e aumento nos pedágios.
A reportagem teria sido "derrubada"- jargão para o que não é veiculado - por Mello. "A reportagem não foi ao ar na quarta-feira por uma razão simples: não estava pronta", diz Mello.
"Eram ouvidos só [Geraldo] Alckmin e [Aloísio] Mercadante. Em período eleitoral, somos obrigados a ouvir todos os candidatos. Foi isso que fizemos", acrescenta.
De acordo com ele, o material iria ao ar ontem à noite, no "Jornal da Cultura".
Dias antes, outra dança de cadeiras originou rumores sobre a influência do governo estadual sobre a TV.
Segundo estes, Heródoto Barbeiro teria sido substituído por Marília Gabriela no "Roda Viva" por ter feito uma pergunta incômoda a Serra.
A TV atrela a mudança à busca de uma "nova cara" para o canal. Mello observa, ainda, que que nem Priolli nem Barbeiro foram demitidos. Ambos devem assumir novas posições na emissora.


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