São Paulo, sexta, 10 de julho de 1998

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FILMES - INÁCIO ARAUJO

AS AVENTURAS DE HUCK FINN SBT, 13h. (The Adventures of Huck Finn). EUA, 1993, 106 min. Direção: Stephen Sommers. Com Elijah Wood, Courtney Vance. Enésima adaptação do livro de Mark Twain, em que Huckleberry, após livrar-se do pai que o maltratava, foge para a floresta, onde se junta a um escravo fugitivo. Ambos passarão a fugir juntos. Produção da Disney.

DEZ DIAS DE AGONIA
Bandeirantes, 13h.
(Miracles Still Happen). EUA/Itália, 1974, 93 min. Direção: Giuseppe Scotese. Com Susan Panhaligon, Paul Muller, Graziella Galvani. Garota de 17 anos (Panhaligon) é a única sobrevivente de acidente aéreo ocorrido com pequeno avião, e que mata sua família. Durante 11 dias, ela caminhará sozinha, na região da floresta amazônica, tentando sobreviver. Pequena produção para TV, baseado em fato real (ocorrido em 1971).

KARATÊ KID - A HORA DA
VERDADE
Globo, 15h35.
(The High Cruzade). EUA, 1984, 122 min. Direção: John G. Avildsen. Com Ralph Macchio, Pat Morita. Jovem órfão é hostilizado por gangue de caratecas. Mestre de artes marciais o ajuda a ajustar as contas. Primeiro filme da série.

A FRATERNIDADE É VERMELHA Bandeirantes, 21h30.
(Trois Couleurs: Rouge). França, 1994, 99 min. Direção: Krzysztof Kieslowski. Com Jean-Louis Trintignant, Irène Jacob. Moça conhece (via atropelamento de um cão), um juiz cuja diversão consiste em espionar a vida nas redondezas. "Volet" final da trilogia dedicada por Kieslowski às cores e ao lema da Revolução Francesa.

NÓS SOMOS CAMPEÕES 2
SBT, 21h45.
(D2: The Mighty Ducks). EUA, 1994, 106 min. Direção: Sam Weisman. Com Emilio Estevez, Michael Tucker. Ex-jogador (Estevez) é promovido a treinador de um time juvenil de hóquei. Fazer a garotada esquecer os prazeres de Los Angeles (onde se realiza importante torneio) e prestar atenção ao dever será seu principal trabalho. Inédito.

O CANGACEIRO
Cultura, 23h30.
Brasil, 1953, 99 min. Direção: Lima Barreto. Com Milton Ribeiro, Marisa Prado, Alberto Ruschel, Vanja Orico. O conflito entre o grupo de cangaceiros liderados pelo capitão Galdino Ferreira (Ribeiro) e o menos sanguinário de todos, Teodoro (Ruschel). Um tanto convencional na concepção (que remete ao faroeste), o filme tem uma sincera paixão pelas paisagens e tipos que focaliza, e nisso afirma sua permanência. P&B.

INTERCINE
Globo, 0h20.
Será exibido o escolhido entre "Tyson, o Mito" (1995, de Uli Edel, com George C. Scott, Michael Jai White) e "Fala, Greta Garbo" (1984, de Sidney Lumet, com Anne Bancroft, Ron Silver, Carrie Fisher).

ATRAIÇOADOS
Globo, 2h15.
(Betrayed). EUA, 1988, 127 min. Direção: Costa-Gavras. Com Debra Winger, Tom Berenger, Betsy Blair. Debra Winger, do FBI, tem sérios problemas na vida. Ela infiltra-se no ambiente racista do Meio-Oeste dos EUA, para melhor investigar um assassinato. Ela se apaixona por um fazendeiro (Berenger) e descobre que ele pertence a uma organização racista. "Thriller" político à maneira de Costa-Gavras: a política termina diluída pela necessidade de compor uma narrativa para grande público.

CONDUTA IMPRÓPRIA
Bandeirantes, 3h.
(Improper Conduct). EUA, 1994, 92 min. Direção: Jag Mundhra. Com Tahnee Welch, John Laughlin, Lee Anne Beaman. Quando processa o chefe por assédio sexual, garota (Welch) vê facetas não muito favoráveis de seu passado virem à tona. Perde a causa e morre misteriosamente. Sua irmã (Beaman) decide vingá-la. Tahnee é filha de Raquel Welch, o que não deixa de ser constrangedor.

TV PAGA
Cinema na era pós-utópica

da Redação

O cinema muda com o tempo. Em 1932, quando Joseph von Sternberg fez "Expresso para Xangai" (Telecine 5, 0h20), as viagens eram coisa rara, e as notícias, lentas.
Daí ser possível aceitar uma Xangai construída nos subúrbios de Los Angeles. Com o tempo, passou-se a buscar mais realismo. Trocaram-se os estúdios pelas locações.
Hoje, a realidade esvaneceu-se, ou tornou-se virtualidade.
O cinema (ou Hollywood, que é uma boa parte dele) responde à sensibilidade atual, torna-se uma espécie de videogame.
O cinema de Sternberg, entre outros, era a expressão da utopia. Como vê-lo nesse presente que Haroldo de Campos chamou de pós-utópico? (IA)



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