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PATRIMÔNIO
Promotor ouve Zé Celso e Grupo Silvio Santos
DA REPORTAGEM LOCAL
No próximo dia 23, o Ministério Público do Estado
de São Paulo vai ouvir o diretor José Celso Martinez
Corrêa, do grupo Uzyna
Uzona Oficina, e um representante do Grupo Silvio
Santos (a ser definido).
As duas partes foram notificadas no inquérito civil que
apura se a construção de um
shopping cultural interfere
ou não no entorno do teatro
Oficina, tombado como patrimônio histórico do bairro
paulistano da Bela Vista.
O promotor de Justiça do
Meio Ambiente Daniel Roberto Fink, 39, instaurou inquérito civil a partir do noticiário sobre o caso.
Segundo Fink, trata-se de
um procedimento corriqueiro. "A promotoria tem
preocupação com o patrimônio de uma forma geral,
quer por meio de notícias
veiculadas pela imprensa,
quer por denúncias encaminhadas ao órgão", afirma.
O promotor agiu assim,
por exemplo, em processos
em andamento que tratam
do Monumento às Bandeiras (parque Ibirapuera), do
parque da Independência
(Ipiranga) e da ladeira da
Memória (centro), patrimônios da cidade ameaçados.
Orçado em R$ 75 milhões,
com 55 mil m2, o projeto do
Grupo Silvio Santos prevê
para 2003 a inauguração de
um centro de entretenimento em torno do Oficina.
Zé Celso alega que a obra
vai descaracterizar o projeto
original da arquiteta Lina Bo
Bardi (1914-92), que prioriza
espaços abertos.
(VS)
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